Ações europeias caem por temores de recessão, mas otimismo na China limita perdas
As ações europeias caíram nesta segunda-feira depois que dados mostrando um declínio na atividade empresarial da zona do euro alimentaram temores de recessão, enquanto as esperanças de flexibilização das restrições rígidas da Covid-19 na China impulsionaram mineradoras e outras ações expostas à segunda maior economia do mundo.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,41%, a 441,47 pontos.
O índice registrou ganhos pela sétima semana consecutiva na sexta-feira, ajudado pelo otimismo liderado pela China e um alívio nas preocupações com os aumentos agressivos da taxa de juros.
Dados divulgados nesta segunda-feira mostraram que a atividade empresarial da zona do euro caiu pelo quinto mês em novembro, um indicação de que a economia da região está entrando em uma leve recessão.
O membro do conselho do Banco Central Europeu Gabriel Makhlouf disse que o BCE provavelmente elevará a taxa de juros em 0,50 ponto percentual na próxima semana, a caminho de potencialmente ultrapassar uma taxa de depósito de 3% em meio a preocupações inflacionárias contínuas.
A maioria dos setores STOXX 600 encerrou no território negativo e ações de tecnologia e produtos básicos de consumo, que são mais sensíveis a variações nos juros, como Nestlé e L’Oreal, foram as que mais pesaram no índice.
As mineradoras ganharam 0,6% diante da alta dos preços dos metais básicos e preciosos, conforme investidores comemoravam as perspectivas de uma mudança mais ampla nas políticas sanitárias da China após protestos históricos no mês passado. [MET/L]
Em Londres, o índice Financial Times avançou 0,15%, a 7.567,54 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,56%, a 14.447,61 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,67%, a 6.696,96 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,30%, a 24.547,84 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 ficou estável, a 8.370,10 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 valorizou-se 0,15%, a 5.865,47 pontos.