Ações europeias caem após dados fortes dos EUA alimentarem nervosismo com alta de juros
As ações europeias caíram nesta segunda-feira, quando temores de que o ciclo global de alta de juros possa persistir por mais tempo do que o esperado pesaram sobre os papéis de tecnologia e imóveis sensíveis aos juros.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,78%, a 457,16 pontos, recuando do maior nível em nove meses atingido na sexta-feira em meio a otimismo com a economia da zona do euro.
Quase todos os índices setoriais ficaram em território negativo, com as ações de imóveis e de tecnologia, que são mais sensíveis aos juros, entre as que sofreram o maior impacto da pressão de venda, com quedas de cerca de 2% cada.
Os papéis de varejistas também recuaram 2,2%.
As preocupações com as elevadas tensões geopolíticas sino-americanas também pesavam sobre o humor dos investidores, com as fabricantes de bens de luxo expostas à China Hermès International, LVMH e Compagnie Financiere Richemont SA em queda de entre 1,8% e 3,8%.
Dados divulgados na sexta-feira que mostraram um forte crescimento do emprego nos EUA e uma recuperação na atividade da indústria de serviços no mês passado reacenderam temores de um período prolongado de juros elevados, dois dias depois que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, reconheceu a redução da inflação em dia em que o banco central dos EUA elevou os juros em 0,25 ponto percentual.
O Banco Central Europeu adotou um tom relativamente mais agressivo do que seus pares na semana passada, depois de elevar as taxas de juros em 0,50 ponto percentual e sinalizar explicitamente outro incremento.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 0,82%, a 7.836,71 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,84%, a 15.345,91 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,34%, a 7.137,10 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,27%, a 27.022,33 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,72%, a 9.159,20 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,30%, a 5.906,77 pontos.