Ações do Itaú sobem após alta de 11% do lucro no 3º trimestre
As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) é um das maiores ganhos do Ibovespa nas primeiras negociações da sessão desta terça-feira (05) da B3.
O forte desempenho é decorrente do lucro líquido, divulgado ontem após fechamento do mercado, de R$ 7,2 bilhões no terceiro trimestre de 2019, um aumento de 1,7% em relação ao 2º trimestre e uma alta de 11% contra o 3º trimestre de 2018. O resultado veio em linha com a mediana dos analistas consultados pelo Refinitiv.
Com isso, os papéis do banco saltam 2% a R$ 37,20 às 11h10, enquanto as ações de sua controladora Itaúsa (ITSA4) também estão presente entre os maiores ganhos do Ibovespa, com alta de 2,3% a R$ 14,21. Além do resultado líquido, a performance do banco na bolsa resulta do bom desempenho dos fatores de crescimento operacional do Itaú Unibanco.
Avaliação das corretoras
Para a Mirae Asset, o resultado do banco no período foi sólido, destacando a margem financeira que atingiu R$ 19 bilhões, alta de 9,6% sobre o terceiro trimestre do ano passado. Além disso, a corretora coloca o Itaú Unibanco como a melhor companhia do setor devido a sua eficiência.
A corretora recomenda compra do papel a um preço-justo de R$ 44,18, com potencial de valorização de 10,2% em relação ao fechamento de ontem, a R$ 36,47.
Para a Planner Corretora, o Itaú Unibanco apresentou um bom resultado graças a i) ao aumento do crédito para as pessoas físicas, micro, pequenas e médias empresas, e também pela retomada no segmento de grandes empresas, que no conjunto, impulsionaram o crescimento da margem financeira; (ii) pelo crescimento das receitas de serviços; (iii) das despesas não decorrentes de juros em percentual abaixo da inflação; (iv) inadimplência contida; que mais que compensaram o aumento do custo do crédito, em patamar acima do incremento de margem.
Com isso, a corretora também recomenda compra do papel com preço-justo de R$ 43,00, com potencial de valorização de 17,9%.
Balanço e PDV
Já o retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio ficou estável em 23,5% na comparação com o 2º trimestre, mas foi maior do que o registrado no 3º trimestre do ano passado, de 21,3%. Enquanto a receita com prestação de serviços aumentou 2,2%, principalmente relacionada à administração de fundos, investment banking e corretagem.
Por outro lado, houve um aumento trimestral de 1,0% das despesas não decorrentes de juros. Houve um reajuste salarial para os funcionários da instituição de 4,3% decorrente do acordo coletivo de trabalho.
O Itaú informou ainda que o Programa de Demissão Voluntária (PDV) teve um impacto de R$ 2,4 bilhões no resultado da instituição, abrangendo 3,5 mil funcionários.
Já o índice total de inadimplência ficou estável no trimestre em 2,9%. A redução no Brasil está relacionada com a melhora no indicador do segmento de pessoas jurídicas, tanto em grandes quanto em micro, pequenas e médias empresas.