Ações do Credit Suisse disparam 20% na Europa; Ibovespa opera entre perdas e ganhos
As ações do Credit Suisse dispararam mais de 20% na abertura do mercado suíço nesta quinta-feira (16), após o banco informar o empréstimo de 50 bilhões de francos suíços (US$ 54 bilhões) do Banco Nacional da Suíça.
No Brasil, o Ibovespa chegou a subir 0,33% na abertura, aos 103,0 mil pontos, mas operava entre perdas e ganhos na sequência com o Banco Central Europeu (BCE) elevando a taxa de juros em 0,50 ponto percentual.
Ainda na Europa, o Credit Suisse deve fazer oferta pública para recomprar 3 bilhões de francos suíços em dívidas denominadas em dólares e euros, depois que o Banco Nacional Suíço e a Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro Suíço disseram em um comunicado na quarta-feira que o Credit Suisse atende aos requisitos de capital e liquidez impostos a bancos sistemicamente importantes.
As ações do Credit Suisse, segundo maior banco da Suíça e dos mais importantes do mundo, desabaram na véspera, junto com muitos outros bancos europeus, por temores de contágio sistêmico em meio ao colapso do Silicon Valley Bank (SVB).
Impacto sobre o Ibovespa
Na véspera, o Ibovespa começou o dia em forte baixa por causa do Credit Suisse, mas aliviou a queda com notícias de que autoridades suíças avaliavam maneiras de estabilizar o banco deram certo alívio aos mercados.
O índice de referência da Bolsa brasileira encerrou o pregão com desvalorização de 0,25%, a 102,6 mil pontos.
Hoje, além do banco suíço, o foco do mercado está em indicadores secundários nos Estados Unidos, como as licenças para construção, construção de casas novas, pedidos de seguro-desemprego e índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia.
No Brasil, os investidores seguem acompanhando as discussões políticas sobre a nova âncora fiscal do país. Mantém-se a expectativa de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresente nesta sexta-feira (17) a nova regra fiscal para o presidente Lula.