Ações do Credit Suisse caem apesar de movimentos para acalmar investidores
As ações do Credit Suisse despencaram até 11,5% nesta segunda-feira, refletindo as preocupações do mercado antes de um plano de reestruturação que deve ser apresentado no final de outubro junto com os resultados do terceiro trimestre.
O regulador suíço FINMA e o Banco da Inglaterra estavam monitorando a situação no Credit Suisse e trabalhando juntos, disse uma fonte familiarizada com a situação.
Os problemas recentes do Credit Suisse eram bem conhecidos e não houve grandes desenvolvimentos recentes, acrescentou a fonte.
O Banco da Inglaterra, FINMA e o Ministério das Finanças da Suíça não comentaram.
O presidente-executivo do Credit Suisse, Ulrich Koerner, disse na semana passada aos funcionários que o banco tem capital e liquidez sólidos.
Os executivos do banco passaram o fim de semana tranquilizando grandes clientes, contrapartes e investidores sobre sua liquidez e capital, informou o Financial Times no domingo.
Um porta-voz do Credit Suisse não comentou a reportagem do Financial Times, segundo a qual as ligações do fim de semana seguiram um forte aumento nos spreads dos CDSs do banco, que oferecem proteção contra uma empresa inadimplente com sua dívida.
Os títulos denominados em euros do Credit Suisse caíram para mínimas históricas, com queda mais acentuada nos vencimentos mais longos.
As ações do Credit Suisse, que perderam mais da metade de seu valor neste ano, caíam 6,2%, a 3,68 francos suíços, às 9h45 (horário de Brasília). Na mínima do dia, as ações cederam 11,52%, a 3,52 francos.
Analistas do JPMorgan disseram em relatório que, com base em nos resultados do segundo trimestre, veem o capital e a liquidez do Credit Suisse como “saudáveis”.
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