Ações do Banco do Brasil têm alta de quase 2% com notícia de privatização de banco pelo governo
A notícia de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara com a sua equipe o processo que pode levar à privatização do Banco do Brasil (BBAS3) levou à valorização das ações da instituição nos primeiros negócios da manhã desta terça-feira na bolsa paulista. As informações sobre a eventual privatização são da edição de hoje do jornal O Globo.
Desta forma, os papéis registravam ganhos de 2,23% a R$ 48,49, por volta das 10h57.
De acordo com a publicação, o primeiro passo nesse procedimento será convencer o presidente Jair Bolsonaro. Apesar disso, as informações são de que a venda do banco público não deve acontecer no curto prazo, com a data estimada até o final de 2022, quando termina o atual mandato do presidente.
Procurado pela reportagem d’O Globo, o Ministério da Economia informou que o governo “não pretende privatizar Banco do Brasil, Caixa e Petrobras (PETR4)”.
Mesmo assim, a reportagem destaca que internamente o assunto já é discutido no governo, com a venda do BB sendo abordada em reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que aconteceu há duas semanas.
Uma das fontes disse ao jornal que a ideia de Guedes é já colocar o banco na lista de privatizações que será enviada ao Congresso em 2020, deixando a lista mais recheada. Entre os defensores da proposta estaria o presidente do BB, Rubem Novaes, que já declarou que a privatização é inevitável.
O Globo cita ainda entrevista concedida ao jornal por Guedes no final de semana, que disse que uma das privatizações que o governo pretende realizar pode render R$ 250 bilhões, que só seria possível alcançar de forma potencial com uma possível venda do Banco do Brasil ou da Petrobras.
O jornal lembra ainda que Guedes sempre manifestou o desejo de vender todas as estatais, mas sabe das dificuldades políticas e burocráticas para atingir esse objetivo. Por isso, emissários do ministro começaram a sentir o clima do Congresso sobre como determinadas privatizações seriam recebidas pelos parlamentares.
Um dos pontos delicados é para privatizar uma estatal é necessária a aprovação de uma lei específica, sendo que a avaliação da equipe do governo é que não haveria tanta resistência para a venda do BB, como existiria no caso da Caixa.