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Ações de varejo voltam a atrair gestor com perspectiva do fim de altas da Selic; veja os nomes

29 ago 2022, 15:09 - atualizado em 29 ago 2022, 15:09
Ações de Varejo
Gestores voltam a comprar ações de varejo, mas preferência é por líderes de mercado e empresas indo bem operacionalmente (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Os gestores de fundos de ações já estão fazendo o giro das carteiras de investimentos, reduzindo posição em papéis de commodities e aumentando a exposição em ações de varejo e outros setores da economia local.

O fim do ciclo de alta da taxa Selic é o gatilho para a troca e acontece mesmo sem a entrada de dinheiro novo dos investidores estrangeiros.

O saldo negativo de US$ 2 bilhões do fluxo financeiro na semana entre os dias 15 e 19 de agosto surpreendeu quem acreditava que a B3 (B3SA3) estava recebendo dinheiro novo dos gringos.

Na verdade, o capital estrangeiro que está indo para a bolsa já estava no Brasil, aplicado em renda fixa, segundo explicou ao Bom Dia Mercado o sócio-fundador da Armor Capital e especialista em câmbio, Alfredo Menezes.

“Não teve dinheiro novo mesmo. O que eu acho é que é muito mais um movimento de realocação de ativos do que fluxo. O gringo, que já estava aqui aplicado em juros, teve um ganho no fechamento das taxas longas e está indo para a bolsa.”

Desde o início do ano, a Claritas Investimentos esperava uma oportunidade para voltar a comprar ações de varejo, companhias que estão indo bem operacionalmente.

“Em julho, esse momento chegou, com o Banco Central sinalizando que deve estacionar a taxa básica de juros em 13,75% ao ano“, afirma Eduardo Morais, gestor de ações da Claritas, que enxerga cortes na Selic entre 2023 e 2024.

No entanto, a volta ao varejo não é generalizada, segundo o especialista.

Nomes como Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) ainda não estão em ponto de compra, apesar de parecer que o pior ficou para trás.

Ações no radar

No varejo, a gestora voltou a comprar ações de empresas que são líderes de seu segmento.

“Desde o mês passado, compramos ações da Arrezo (ARZZ3), Lojas Renner (LREN3) e Multiplan (MULT3). Vemos uma retomada mais rápida do varejo de média e alta renda“, explica Morais.

Já os papéis do Assaí (ASAÍ3) representam a aposta da Claritas no varejo de baixa renda.

Com a inflação ainda elevada no Brasil, as pessoas têm procurado redes de atacarejo para preservar seu poder de compra ao máximo.

O especialista ainda revela que passou a montar posições em Cyrela (CYRE3), companhia que é uma das líderes de mercado no setor imobiliário.

Faz sentido ter commodities?

Os papéis de commodities correspondem a 25% da carteira gerida pela Claritas. Para Morais, não é hora de se desfazer totalmente dos ativos, sobretudo, em tempos de eleições.

“As ações de commodities representam proteção na nossa estratégia. Nosso cenário base nas eleições é de manutenção da responsabilidade fiscal no próximo governo, seja lá quem for eleito. Mas, caso estejamos errados, o câmbio deve estressar, o que explica nossa posição estratégica em commodities”, aponta Morais.

Tanto as commodities metálicas quanto as agrícolas têm os seus contratos cotados em dólar. Tais ativos tendem a se beneficiar com a moeda norte-americana mais valorizada ante o real brasileiro.

A Petrobras (PETR4) foi apontada como a companhia que mais distribuiu dividendos no mundo e ainda deve manter um grau elevado de proventos aos acionistas, de acordo com o gestor.

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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