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Ações de educacionais seguem em queda com abertura de investigação no MEC

18 fev 2019, 12:15 - atualizado em 18 fev 2019, 12:15
Antonio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil

Por Investing.com – Na continuidade do resultado negativo da última sexta-feira, as ações das empresas de educação seguem em queda, ainda com os investidores preocupados com o pedido de investigação de indícios de corrupção, desvios e outros de atos lesivos à administração pública no âmbito do MEC em gestões anteriores, assinado pelo ministro da pasta, Ricardo Vélez Rodrígues.

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Dessa forma, Estácio Participações (ESTC3) cai 1,64% a R$ 29,39, enquanto as da Kroton Educacional (KROT3) caem 1,93% a R$ 10,67. Ser Educacional (SEER3) despenca 4,07% a R$18,86, enquanto Anima Educação (ANIM3) perde 3,25% a R$17,54.

Na sexta-feira, Estácio e Kroton pederam 6,21 e 5,2 por cento, respectivamente, liderando a ponta negativa do Ibovespa. Fora do índice, Ser Educacional caiu 7,18 por cento e Ânima Educação recuou cerca de 1,25 por cento.

O protocolo de intenções foi assinado por Rodrígues, pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, pela Controladoria-Geral da União e pelo Advogado-Geral da União, André Mendonça, informou o MEC.

Entre os casos apurados estão favorecimentos considerados indevidos no Programa Universidade para Todos (ProUni), desvios no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), concessão ilegal de bolsas de ensino à distância e irregularidades em universidades federais.

O Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), do qual a Kroton faz parte, defendeu a investigação de eventuais irregularidades no MEC para assegurar a credibilidade do setor.

“Achamos importante que se averigue se há irregularidades. Somos a favor de transparência e ética”, afirmou à Reuters o diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.

Segundo ele, o próprio sindicato entregou ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) denúncias em 2014 envolvendo o Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies. “Apuramos problemas e levamos ao FNDE, que não levou o caso adiante”, disse Capelato sem dar detalhes sobre as denúncias.

Em relação ao ProUni, Capelato observou que as fraudes no programa muitas vezes são cometidas pelos próprios alunos. “A instituição de ensino tem comissão própria de supervisão para averiguar se o aluno está falando verdade ou não, mas ela não tem acesso à declaração de IR e uma série de outras questões”, disse o diretor-executivo do Semesp.

Com Reuters.

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