Ações da WPP derretem 15% para mínimas de 2012 após queda nas vendas
As ações da WPP caíam para seu nível mais baixo em quase oito anos nesta quinta-feira, após uma forte desaceleração nas negociações do quarto trimestre atrapalhar a mais recente tentativa de recuperação da maior empresa de publicidade do mundo.
A WPP, que está no meio de um plano de recuperação de três anos para combater a perda de grandes clientes e a ameaça de gigantes da tecnologia, também disse que não espera nenhuma melhora este ano, mas pretende crescer em linha com os rivais em 2021.
Embora os resultados e as perspectivas estivessem amplamente alinhados com os comentários anteriores da WPP, uma queda de 1,9% nas vendas orgânicas no quarto trimestre após um crescimento de 0,5% no trimestre anterior assustou os investidores.
Suas ações caíam cerca de 15% nesta quinta-feira, mais de 60% abaixo da máxima estabelecida em 2017, antes da empresa perder grandes clientes nos Estados Unidos, como Ford e American Express.
“É o primeiro ano de um plano de três anos”, disse o presidente-executivo Mark Read à Reuters. “Esperávamos que o quarto trimestre fosse um pouco mais difícil e isso foi alinhado às nossas expectativas.”
“Estou confiante de que em breve poderei falar com você sobre algo interessante”, disse ele, referindo-se a um novo contrato global em potencial.
“Há um bom momento dentro da empresa e temos investido em pessoas e talentos para recuperar a companhia.”
Para 2019 como um todo, a WPP registrou uma queda de 1,6% nas vendas orgânicas, o que excluiu a Kantar após a venda de uma participação de 60% no negócio de dados para a empresa de private equity dos EUA Bain Capital por 3,1 bilhões de dólares. A venda ajudou a empresa a reduzir sua dívida significativamente.
Para 2020, a WPP disse que pretende igualar seu desempenho no ano passado, tanto na receita orgânica quanto na principal margem de lucro operacional, que chegou a 14,4%. A perspectiva da empresa não incluiu nenhum impacto possível do coronavírus.