Destaques da Bolsa

Ações da Viveo (VVEO3) tombam quase 20% após prejuízo milionário no segundo trimestre

13 ago 2024, 14:21 - atualizado em 13 ago 2024, 18:08
Viveo
(Imagem: Viveo/Divulgação)

A Viveo (VVEO3), distribuidora de produtos médicos, é um dos destaques negativos da bolsa brasileira nesta terça-feira (13). Os papéis da companhia caíram mais 20% e figuraram entre as maiores baixas da B3. 

Nas primeiras horas de negociações, VVEO3 chegou a cair 24,62%, a R$ 1,99. Mas ao longo do dia, os papéis reduziram um pouco as perdas e fecharam com queda de 20,08%, a R$ 2,11.  Acompanhe o Tempo Real



O tombo acontece após a divulgação do balanço da companhia. A Viveo reportou prejuízo líquido de R$ 88 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro líquido de R$ 55,4 milhões registrado no mesmo período do ano passado. 

O lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) totalizou R$ 261 milhões no trimestre encerrado em junho, uma queda de 58,2% na base anual. 

Já a receita cresceu 8,7% entre abril e junho, somando R$ 2,8 bilhões. Segundo a companhia, o crescimento foi impulsionado pela venda de medicamentos de alto custo e vacinas. 

O que os analistas dizem 

Para o Itaú BBA, a companhia teve destaques positivos. Entre eles, um bom crescimento orgânico no segmento de Laboratórios & Vacinas e um desempenho razoável em Hospitais & Clínicas, parcialmente compensado por um ambiente desafiador nos segmentos de Varejo e Serviços.

Mesmo assim, as margens da Viveo seguem pressionadas — e levando a uma perda de Ebitda.

“Isso se deve principalmente a fatores como menores margens de mercado nos segmentos onde a empresa atua, menores aumentos de preços da CMED, mix de vendas e impacto do desastre das enchentes no estado do Rio Grande do Sul”, escreve o analista Vinicius Figueiredo.

Na avaliação da XP, a alavancagem da Viveo atingiu um nível preocupante — “o que pode continuar consumindo os lucros”. 

“O lucro líquido foi impactado pela alavancagem financeira líquida – em 4,8x Ebitda ajustado em 12 meses —, que também consumiu uma parte relevante da geração de caixa operacional”, afirmam os analistas Rafael Barros e Raphael Elage. 

O Goldman Sachs também considera que a dívida líquida continua a ser um ponto de atenção. 

“A dívida líquida diminuiu em R$ 92 milhões no trimestre (sob a metodologia da empresa que não inclui contas a pagar de fusões e aquisições nem leasing), mas auxiliada por R$ 100 milhões em recebíveis descontados no trimestre, tornando a geração de fluxo de caixa recorrente nula em nossa opinião”, afirmam os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira. 

O Goldman Sachs e o Itaú BBA tem recomendação neutra para VVEO3

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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