Ações da Vale estão inegavelmente baratas, por qualquer lado que se olhe
O BTG Pactual (BPAC11) elevou o preço-alvo das BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da Vale (VALE3), negociadas em Nova York, de US$ 13 para US$ 14. “As ações da Vale estão inegavelmente baratas, sob qualquer métrica”, afirmam Leonardo Correa e Caio Greiner, que assinam o relatório.
A recomendação para os papéis é de compra, embora a dupla admita que investir em papéis de empresas de commodities, em tempos de recessão, não é o indicado nas cartilhas do mercado. Em sua defesa, os analistas afirmam que há “características defensivas” que tornam a Vale atraente neste momento.
“Com a China se recuperando mais cedo [da pandemia de coronavírus] e seu balanço [da Vale] com baixa alavancagem, estamos confiantes de que a Vale pode se destacar no curto prazo”, explicam. Eles acreditam, por exemplo, que a companhia poderá entregar um ebitda de US$ 16 bilhões neste ano.
Melhor no longo prazo
Além disso, o BTG Pactual estima que o papel seja negociado, atualmente, por 3,8 vezes o ebitda estimado de 2020. Isso significa, segundo o banco, um desconto de 35% em relação a uma de suas grandes concorrentes, a australiana Rio Tinto.
O BTG Pactual acredita que essa diferença diminuirá, devido à retomada da distribuição de dividendos, à maior estabilidade operacional e crescimento e à percepção de melhorias nas políticas de responsabilidade social e ambiental, por parte da Vale.