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Ações da Santos Brasil (STBP3) disparam quase 7% na B3 com potencial ‘depósito’ de R$ 1,6 bi na conta dos acionistas 

12 jul 2024, 15:36 - atualizado em 12 jul 2024, 15:36
Santos Brasil STBP3
(Imagem: Santos Brasil/Divulgação)

Entre as maiores altas e os papéis mais negociados da B3, as ações da Santos Brasil (STBP3) se destacam nesta sexta-feira (12). 

Durante o pregão, STBP3 atingiu máxima com alta de 6,92%, a R$ 15,29. 

O forte avanço acontece após a companhia informar que o Conselho de Administração aprovou uma redução de capital de R$ 1,6 bilhão — e o valor deve ser distribuído em dinheiro aos acionistas. 

Contudo, o depósito (ou não) ainda depende do aval dos acionistas. A operação não prevê o cancelamento de ações. 

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É hora de comprar Santos Brasil (STBP3)? 

A decisão está em linha com as últimas declarações da empresa em relação à alocação de capital e otimização de valor para os acionistas, afirma o Itaú BBA. 

Mesmo com alta de 55% desde janeiro, o analista Daniel Gasparete afirma que a tendência de valorização das ações STBP3 deve continuar. O banco mantém recomenda compra com preço-alvo de R$ 18 — o que representa potencial alta de 26% em relação ao preço do fechamento de ontem (11). 

“Em nossa opinião, a Santos Brasil continua sendo a ação com melhor impulso de lucros do setor de transportes e bens de capital, uma tendência que não esperamos que mude no curto prazo”, diz o relatório. 

O banco ainda considera que, com a possível redução do capital, a Santos Brasil poderia distribuir quase 20% de seu valor de mercado aos acionistas ao longo dos próximos 12 meses. 

Além disso, o Itaú BBA espera que o bom desempenho do mercado atual coloque os papéis da companhia no radar de fundos long-only e internacionais. 

A XP, que também recomenda compra de Santos Brasil, considera os níveis de endividamento da companhia “gerenciáveis”. Os analistas destacam a atual baixa posição de alavancagem da empresa, especialmente dado o perfil cíclico das concessões portuárias. 

“Vemos a alavancagem potencialmente maior como administrável, dado o atual cenário positivo de oferta/demanda, permitindo que a companhia se desalavanque (e gere caixa) enquanto suporta a expansão de seus investimentos”, escrevem os analistas Pedro Bruno, Bruno Vidal e Matheus Sant’Anna, que assinam o relatório.