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Ações da Prio (PRIO3) sobem 2% e operam entre as maiores altas do Ibovespa após compra de fatia no campo de Peregrino

27 set 2024, 11:41 - atualizado em 27 set 2024, 11:41
PRIO
Ações da Prio sobem após anunciar compra de 40% do campo de Peregrino, por US$ 1,9 bilhão (Imagem: Divulgação)

Mesmo com a queda de quase 1% do petróleo Brent, as ações da Prio (PRIO3) operavam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) na primeira hora do pregão desta sexta-feira (27). 

Por volta de 10h30 (horário de Brasília), PRIO3 subia 2,86%, a R$ 43,86. Acompanhe o Tempo Real



A Prio fechou um acordo com a Sinochem para a aquisição de 40% do campo de Peregrino por US$ 1,9 bilhão, localizado no Rio de Janeiro.

Após rumores no início da semana, a companhia já havia informado que estava em processo de negociação do negócio na última quarta-feira (25). 

Os outros 60% do Peregrino pertencem à petroleira norueguesa Equinor, que é a operadora do campo.

Sendo assim, Equinor ainda tem a opção de exercer seu direito de preferência, em um período de 30 dias, com base nas mesmas condições oferecidas pela Sinochem à Prio. 

A operação também precisa passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). 

Sem surpresas 

Na avaliação do BTG Pactual, a compra da participação no campo de Peregrino deve ser “transformadora” para a Prio. 

“A aquisição desta participação fortalece ainda mais seu caso de investimento de alto crescimento”, diz o banco. 

Além disso, a compra deve ajudar a mitigar os riscos operacionais no médio prazo. 

“Acreditamos que, após contabilizar os estoques de petróleo e a posição de caixa da empresa que detém a participação de 40% da Sinochem em Peregrino, o desembolso real de caixa provavelmente será menor, de aproximadamente US$ 1,7 bilhão”, diz o relatório.

Os analistas também consideram que o movimento pode ser o “primeiro passo” para a aquisição de todo o ativo, caso a Equinor decida vender a participação de 60% no futuro — o que o banco acredita ser provável.

“Se isso se materializar, a PRIO poderia então se concentrar na implementação de um plano de redesenvolvimento mais abrangente, impulsionando maiores eficiências”, escrevem os analistas Pedro Soares, Henrique Pérez e Thiago Duarte. 

O BTG mantém as ações da companhia como a preferida (top pick) do setor.

Já o Bradesco BBI e a Ágora Investimentos afirmam que o valor da transação foi abaixo da estimativa inicial do banco e da corretora, de US$ 2,1 bilhões. 

Para os analistas, a Prio deve capturar vantagens adicionais com o ativo relacionadas à melhor comercialização de petróleo e monetização de um potencial de R$ 3 bilhões em créditos tributários, vinculados à participação da Sinochem no campo.

Eles também veem um aumento adicional de até 10% no valor de mercado atual da Prio. 

“Vemos um aumento adicional de R$ 1,00/PRIO3 para cada redução de US$ 4,00/barril no desconto  do petróleo de Peregrino para o Brent e R$ 1,70/PRIO3 relacionado à monetização de créditos tributários, somando um aumento total de R$ 4,20/PRIO3 (ou 10% do valor de mercado atual)”, escrevem Vicente Falanga e Ricardo França.

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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