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Ações da Prio (PRIO3) caem 1% com dados operacionais ‘fracos’ e expectativa por balanço do terceiro trimestre

05 nov 2024, 15:31 - atualizado em 05 nov 2024, 18:32
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Na avaliação do Goldman Sachs, os dados de outubro foram 'fracos'; Prio divulga balanço do 3T24 nesta terça-feira após o fechamento do mercado (Imagem: Divulgação/Prio)

Na expectativa pelo balanço do terceiro trimestre, as ações da Prio (PRIO3) destoam do desempenho do petróleo e operam em queda no Ibovespa nesta terça-feira (5). 

PRIO3 terminou a sessão em baixa de 1,35%, a R$ 40,33. Durante o pregão, os papéis chegaram a cair mais de 2%. Acompanhe o Tempo Real. 



A queda dos papéis repercute os dados de produção de outubro da junior oil, divulgados ontem (4), depois do fechamento dos mercado. 

Em outubro, a Prio produziu 79.233 barris de óleo equivalente por dia (boepd) ante 71.476 boepd em setembro. O número representa uma alta de 10,9% na comparação mensal. 

Segundo a companhia, os dados operacionais são preliminares e não auditados. 

A Prio deve reportar os números do terceiro trimestre nesta terça-feira (5) depois do fechamento do mercado. O Goldman Sachs espera um Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) de US$ 363 milhões. 

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Dados da produção em outubro 

Em outubro, o Campo Frade produziu 41.638 boepd, o que representa uma alta de 18,2% na comparação com o mês anterior. 

No cluster de Polvo e Tubarão Martelo, a produção foi de 12.143 boepd, 13,1% maior em relação a setembro — quando foram produzidos 10.741 boepd. 

Segundo a Prio, a produção foi afetada pela parada dos poços TBMT-10H e TBMT-4H em função da falha na Bomba Centrífuga Submersa (BCS) — que permanecem à espera da aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para iniciar o workover.  

Já no campo de Albacora Leste, o volume de produção ficou em 25.452 boepd, queda de 0,2% na base mensal. A produção foi afetada por uma troca de uma turbina que está em andamento com a conclusão prevista para a primeira semana de novembro, de acordo com a companhia. 

O que dizem os analistas?

Para os analistas do Goldman Sachs, os dados mostram um início de trimestre “fraco” e representam riscos de queda para as estimativas do banco de produção média no quarto trimestre.

Na avaliação do Itaú, os dados operacionais da Prio mostram um avanço positivo em direção a um nível de produção “mais normalizado”, após um trimestre marcado por manutenção e reparos. 

Na mesma linha, a XP Investimentos afirma que os números de outubro indicam a tendência de recuperação. 

“Continuamos otimistas em relação aos próximos períodos, esperando pequenas melhorias de curto prazo com a reativação de poços parados em Tubarão Martelo (embora a anuência do IBAMA para o workover esteja demorando mais do que o esperado anteriormente) e ganhos em Albacora Leste após a manutenção, o que poderia acrescentar mais 4 a 6 mil barris por dia (kbpd) à produção”, escrevem os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm. 

A XP ainda vê um potencial de crescimento com o início de Wahoo que, nas contas dos analistas, deve aumentar a produção em cerca de 40 mil barris por dia. 

No horizonte da XP também está a conclusão da aquisição do Peregrino, que deve acrescentar entre 36 e 40 mil barris por dia à produção da Prio.