Ações da Petrobras (PETR4;PETR3) sobem 2% em reação ao Plano de Negócios 2025-2029; dividendos extraordinários superam expectativas
Após um pouco mais de 20 minutos de negociações paralisadas, as ações da Petrobras (PETR4;PETR3) operam em forte alta.
Na retomada, os papéis ordinários (PETR3) avançavam 2,02%, a R$ 41,33, na máxima do dia. Já as ações preferenciais (PETR4) subiam 1,50%, depois do leilão, por volta de 15h14 (horário de Brasília).
Em Nova York, as ADRs voltaram a ser negociadas com alta de mais de 2%. Acompanhe o Tempo Real.
Os investidores reagem à divulgação do Plano de Negócios 2025-2029, no início da tarde desta segunda-feira (18).
Entre os destaques, a companhia prevê investimentos totais de US$ 111 bilhões. Trata-se de uma alta de cerca de 9% na comparação com o programa anterior.
A petroleira também estima que distribuição de dividendos ordinários “começa” em US$ 45 bilhões. Já os dividendos extraordinários devem atingir o valor de US$ 10 bilhões.
Vale ressaltar que o Plano Estratégico ainda será submetido ao conselho de administração da companhia na próxima quinta-feira (21).
Antes da divulgação do Plano, as ações da estatal já subiam mais de 1%
Expectativas do mercado
Na expectativa pelo Plano de Negócios 2025-2029 e o anúncio de dividendos extraordinários, o Santander realizou uma pesquisa com 30 investidores na semana passada.
De acordo com os dados coletados pelo banco, e divulgados nesta segunda-feira (18), cerca de 90% dos investidores esperavam o pagamento de proventos.
Destes, 40% aguardavam o pagamento de cerca de US$ 3 bilhões a US$ 3,9 bilhões em dividendos extraordinários. Outros 23% dos respondentes esperavam um dividendo extraordinário maior que US$ 4 bilhões para o período entre 2025 e 2029.
“Embora vejamos as expectativas da maioria dos investidores já alinhadas antes do anúncio, acreditamos que US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões em dividendos extraordinários seriam bem-vindos pelo mercado, pois dão mais clareza para a modelagem e o potencial para pagamentos contínuos de dividendos extraordinários”, escreveram os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, em relatório.
Além disso, 57% dos investidores estimavam um teto de dívida bruta acima de US$ 70 bilhões no novo plano e a maioria projetava um caixa mínimo inferior a US$ 7 bilhões pela maioria dos investidores.
Os respondentes também esperavam que o capex (investimentos) seria maior nos próximos cinco anos, mas menor em 2025, entre US$ 15,1 bilhões a US$ 19 bilhões (73% dos investidores).
Por fim, a expectativa era de que o guidance de produção para 2025 fosse ligeiramente aumentado.