Comprar ou vender?

Ações da Petrobras (PETR4) responderão a estes 5 problemas

17 maio 2023, 12:45 - atualizado em 17 maio 2023, 12:56
Petrobras (PETR4)
Seguem no radar prováveis mudanças no Plano Estratégico da Petrobras. (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

Depois de a Petrobras (PETR4) anunciar uma nova política de preços, alguns analistas reforçaram a opinião de que, com a nova gestão, o que define o ritmo das ações da estatal é a percepção de risco, e não os lucros. O BTG Pactual definiu cinco pontos que impulsionarão a oscilação dos papéis.

1 – Capex inorgânico

Com a Petrobras com dinheiro em caixa e uma nova gestão, o mercado vê a possibilidade de a estatal comprar outra companhia. “Considerando a intenção expressa da administração de integrar verticalmente, suspeitamos que Vibra (VBBR3) e Braskem (BRKM5) podem estar no radar”, disse o BTG.

Segundo o banco, o potencial uso dos fluxos de caixa da Petrobras para fins que podem levar o mercado a acreditar que não são os de melhor interesse dos acionistas minoritários justificaria o preço baixo das ações. 

“Mas com a administração possivelmente sem pressa de fazer qualquer movimento ousado neste momento, esse risco parece menos plausível no curto prazo”, afirmou a instituição em relatório assinado por Pedro Soares e Thiago Duarte.

2 – Capex orgânico

Seguem no radar prováveis mudanças no Plano Estratégico da Petrobras, tendo em vista a intenção da administração em aumentar a capacidade de refino e ampliar o segmento de energia renovável, afirmaram analistas.

“É cada vez mais provável que essa mudança seja gradual. Estamos preocupados que isso possa elevar a complexidade operacional e desencadear rebaixamentos de ganhos a partir de 2024, mas, até que nossa preocupação seja comprovada, as preocupações com uma Petrobras com excesso de investimento podem ser deixadas de lado”.

O capex do primeiro trimestre deste ano, de US$ 2,5 bilhões, foi muito menor do que sugere o plano anual de US$ 16 bilhões.

3 – Mudanças nos mecanismos de governança corporativa

Para o BTG, a governança corporativa é o aspecto mais importante a ser observado. “Diz-se que o governo quer modificar a lei das estatais, colocando em risco a Petrobras e outras estatais, mas até agora as mudanças não foram significativas”, afirmou.

“O novo CEO disse recentemente que pretende tornar a empresa mais ágil sem comprometer a governança e os controles internos. Esperamos entender o que isso pode significar para a capacidade da Petrobras de evitar uma alocação de capital pior nos próximos anos”.

4 – Preço dos combustíveis

A Petrobras buscará aumentar sua participação no mercado, mas sem criar qualquer tipo de subsídio ao combustível, avaliou o BTG.

O CEO da empresa, Jean Paul Prates, disse na véspera que a empresa não vai se afastar da referência internacional, apenas abandonar a política de paridade de importação.

“Estamos anunciando uma mudança na estratégia comercial da composição de preços e nas condições de venda, em um modelo que maximiza e incorpora vantagens competitivas da Petrobras”, disse em entrevista coletiva. 

5 – Dividendos

Analistas dizem que o mercado vê o pagamento de dividendos como uma forma de evitar o mau uso do excesso de caixa da empresa.

“Embora a rápida alavancagem da empresa via capex orgânico ou inorgânico pareça improvável, definir o pagamento futuro dos proventos provavelmente será o principal gatilho e impulsionador para as ações”, disse o BTG.

Para os analistas da instituição, o anúncio dos dividendos do primeiro trimestre foi “inegavelmente positivo”. “Mas a nova administração já indicou que a política será revisada até o final de julho (provavelmente para pagamentos menores)”.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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