Ações da Oi (OIBR3) sobem mais de 10% na B3 com lucro bilionário no segundo trimestre

As ações da Oi (OIBR3) dispararam mais 20% na abertura das negociações e, desde então, disputam a liderança da ponta positiva da B3. Os papéis reduziram os ganhos ao longo do dia e terminaram a sessão desta quinta-feira (15) com alta de 10,70%, a R$ 4,76.

A empresa de telecomunicações, que está em processo de recuperação judicial, apresentou lucro líquido de R$ 15 bilhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 845 milhões no mesmo intervalo de 2023.

Essa reviravolta se deve à aprovação do plano de recuperação judicial da companhia em abril. Esse plano abateu a dívida da operadora em cerca de 70% via descontos, parcelamento e conversão de valores em ações.

Esse movimento gerou um ganho R$ 14,7 bilhões de ordem contábil (sem efeito no caixa) para a empresa. 

Esse valor bilionário apareceu na linha do resultado financeiro (saldo entre receitas com aplicações financeiras e despesas com empréstimos), que ficou positiva em R$ 15,6 bilhões.

Por sua vez, os outros indicadores financeiros e operacionais ainda mostram uma realidade mais dura para a companhia.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi negativo em R$ 318 milhões entre abril e junho, revertendo o resultado positivo de R$ 42 milhões no mesmo período do ano passado. 

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Já a receita líquida consolidada totalizou R$ 2,1 bilhões, recuo de 12,6% na comparação com o segundo trimestre de 2023. 

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Oi: “Não se deixe enganar pelos números”

Mesmo com o lucro líquido de R$ 15 bilhões, os analistas da Genial Investimentos afirmam que a companhia reportou mais um desempenho fraco no segundo trimestre. 

“Apesar de reduzir significativamente sua dívida líquida de R$ 25,4 bilhões para R$ 6,6 bilhões devido à recuperação judicial, a empresa não mostrou progresso operacional. Continuou enfrentando queima de caixa substancial, com uma queda anual nos números e apenas uma leve melhora em relação ao trimestre anterior”, dizem Antonio Cozman, Kaique Rocha e Iago Souza.

A corretora mantém a recomendação de venda para OIBR3, com preço-alvo de R$ 4 — o que representa um potencial de desvalorização de 6,98% em relação ao preço de fechamento da véspera (14).

*Com informações de Estadão Conteúdo