Ações da Oi fecham em forte alta após aprovação de venda de ativos móveis pela Anatel
As ações da Oi (OIBR3;OIBR4) aceleraram a trajetória de valorização nos últimos minutos de negociação desta segunda-feira (31).
O mercado logo reagiu à aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) referente à venda de ativos móveis da companhia para o consórcio formado por TIM (TIMS3), Claro e Vivo (VIVT3).
Os papéis ordinários da Oi fecharam em alta de quase 3%, cotados a R$ 1,08 cada. As ações preferenciais da empresa saltaram 5,42%, a R$ 1,75.
A TIM e a Vivo também encerraram no campo positivo, com ganhos de, respectivamente, 2,16% e 1,66%.
O Ibovespa fechou com valorização de 0,21%, a 112.143,51 pontos.
A Anatel aprovou por unanimidade a venda da Oi Móvel para suas rivais. Com isso, a Oi dá um passo importante em seu plano de recuperação judicial, iniciado em 2016.
A companhia protagonizou um dos maiores processos de recuperação judicial da história do país. Na época em que entrou com o pedido, a operadora de telecomunicações reunia uma dívida de mais de R$ 65 bilhões.
A venda da Oi Móvel representaria para a companhia cerca de R$ 16,5 bilhões, o que, em conjunto com a venda da InfraCo por R$ 12,9 bilhões, seria suficiente para que a empresa arcasse com suas dívidas e encaminhasse o processo de saída da recuperação judicial, prevista para ocorrer em março de 2022.
Desde o leilão dos ativos móveis da empresa, órgãos reguladores estudam a operação. A superintendência-geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) já tinha recomendado a aprovação da operação, mas com restrições.
O conselheiro Vicente Aquino votou favoravelmente ao negócio nesta segunda, citando pequenas ressalvas às ponderações do relator do caso, Emmanoel Campelo.
Os remédios recomendados pelo relator incluem oferta de capacidade para operadoras móveis virtuais e plano de ocupação do espectro transferido da Oi, além de exclusão de cláusulas de fidelidade no caso de migração dos usuários, que não deverá ser automática.
Com informações da Reuters