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Ações da Marisa fecham em alta de 8,4% mesmo após resultado afetado por covid-19

25 ago 2020, 18:12 - atualizado em 25 ago 2020, 18:19
Marisa Empresas Varejo
Os resultados da Marisa reforçaram o cenário esperado para varejistas de vestuário em meio à pandemia (Imagem: Lucas Simões/Money Times)

As ações da Lojas Marisa (AMAR3) dispararam na bolsa paulista nesta terça-feira, mesmo após números fracos no segundo trimestre, afetados pela pandemia de Covid-19, com analistas avaliando que o pior pode ter ficado para trás e chamando a atenção para o desempenho das vendas online da varejista.

As ações da Marisa Lojas fecharam em alta de 8,4%, a 8,51 reais maior alta do índice Small Caps, contaminando o setor de varejo de vestuário, com  Lojas Renner (LREN3) com elevação de 4,29% e Hering (HGTX3) com alta de 3,17%.

De acordo com dados divulgados na noite de segunda-feira, a receita líquida de varejo da companhia no segundo trimestre somou 149,1 milhões de reais, queda de 72,5% ano a ano, considerando dados pró-forma. As vendas mesmas lojas (SSS) caíram 9,7%, mas as da plataforma digital saltaram 113,1%.

Para analistas da Genial Institucional, os resultados da Marisa reforçaram o cenário esperado para varejistas de vestuário em meio à pandemia, com fechamentos temporários de lojas, e os efeitos do abrandamento generalizado da economia.

“Olhando pelo lado positivo, como uma parcela relevante da população ainda está tomando medidas de distanciamento social, a Marisa observou um aumento relevante nas vendas provenientes dos canais digitais”, afirmou a equipe da Genial, que tem recomendação ‘overweight’ para as ações.

Os analistas afirmaram que ainda veem um cenário de curto prazo para a Marisa muito desafiador e recomendam cautela, mas que continuam confiantes na capacidade da empresa de retomar sua recuperação no final de 2020 ou início de 2021.

Na visão da equipe do BTG Pactual, as perspectivas para a companhia estão melhores, mas o cenário permanece volátil, o que justifica a recomendação ‘neutra’ para os papéis.

“Embora o pior pareça ter ficado para trás (não só para a Marisa, mas para o varejo de vestuário) e apesar do grande ‘sell-off’ no período, ainda vemos uma perspectiva volátil nos próximos meses devido ao ritmo suave de recuperação econômica”, avaliaram.

No ano, a ação da Marisa ainda tem perda de cerca de 36%.