Destaques da Bolsa

Ações da Light (LIGT3) disparam quase 40% com acordo com credores internacionais no radar

05 set 2024, 15:50 - atualizado em 05 set 2024, 17:32
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A companhia informou o adiamento da assembleia com credores internacionais para acordo sobre o pagamento de dívidas emitidas no exterior (Imagem: Facebook/Light)

As ações da  Light (LIGT3) disparam mais 40% e despontam entre as maiores altas da bolsa brasileira nesta quinta-feira (5).

Os papéis da empresa de energia elétrica fecharam a sessão com avanço de 20,74%, a R$ 8,10. Mas durante o pregão LIGT3 registrou máxima intradia a R$ 9,21 (+37,26%).



O forte avanço acontece após a companhia, que está em recuperação judicial, informar o adiamento da assembleia de credores que detém títulos de dívida da empresa no exterior, os bondholders, relacionados ao procedimento de scheme of arrangement — um acordo usado para reorganização e pagamento das dívidas, de forma mais flexível, dentro de um prazo combinado entre as partes.

A nova data é de 17 de outubro, às 14h (horário de Londres). Originalmente, a assembleia estava prevista para 4 de setembro, mas já havia sido reagendada para 13 de setembro.

De acordo com a companhia, o reagendamento não afeta ao meio de realização da assembleia de acordo, exclusivamente virtual por meio da plataforma Zoom.

Com a alteração da data, a audiência na Corte Inglesa para a confirmação do scheme of arrangement deve acontecer em 28 de outubro.

Recuperação judicial da Light

A companhia elétrica homologou a recuperação judicial em junho, um mês após a aprovação do plano de reestruturação da companhia. 

A Light entrou em recuperação judicial em meados do ano passado, depois de uma deterioração da situação econômico-financeira de sua distribuidora de energia, que atende mais de 30 cidades do Rio de Janeiro.

A empresa busca reestruturar uma dívida de R$ 11 bilhões. Pelos termos aprovados, a Light fará uma capitalização de até R$ 1,5 bilhão, com R$ 1 bilhão ancorado por seus acionistas de referência: Nelson Tanure, Ronaldo Cezar Coelho e Carlos Alberto Sicupira.

O plano também prevê conversão de parte dos créditos em ações, via debêntures conversíveis, até o limite de R$ 2,2 bilhões, pagamento integral a credores com créditos até R$ 30 mil, entre outras medidas.

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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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