Ações da Lavvi são muito boas, de qualquer lado que se olhe
Uma das poucas empresas a realizar seu IPO no segundo semestre do ano passado, quando o mercado ainda sentia os fortes impactos econômicos da pandemia de coronavírus, a Lavvi (LAVV3) vem se destacando como uma das grandes promessas da Bolsa para 2021.
Conta, a seu favor, a retaguarda da Cyrela (CYRE3), uma das maiores e mais tradicionais construtoras e incorporadoras do país, que possui uma fatia de 26% da novata da Bolsa. Essa proximidade não é gratuita: Ralph Horn, fundador da Lavvi, pertence à mesma família que controla a Cyrela. Outros parentes ocupam posições na cúpula da empresa.
Mas, para o BTG Pactual, ter uma madrinha de peso, como a Cyrela, não explica todo o mérito da Lavvi e, por tabela, todo o potencial de alta que o banco enxerga para suas ações.
Assimetria elogiável
“A Lavvi tem uma das melhores assimetrias de risco/retorno de qualquer construtora residencial brasileira, refletindo seu excelente histórico”, afirmam Gustavo Cambauva, Elvis Credendio, Antonio Martins e Ricardo Cavalieri, que assinam o relatório.
Para o quarteto, a ação é atraente por qualquer ângulo que se analise. Uma métrica que não costuma frequentar relatórios brasileiros, o P/TBV, é um exemplo. Trata-se do Preço/Valor Patrimonial dos Ativos Tangíveis, na sigla em inglês.
Esse múltiplo compara o valor de uma ação com o patrimônio tangível de uma empresa, como prédios e equipamentos. São excluídos da conta, portanto, ativos intangíveis, como marcas, patentes, excelência profissional dos funcionários etc.
Múltiplos a favor
Pelos cálculos do BTG Pactual, a Lavvi apresenta um P/TBV de 1,49 vez, o que é aproximadamente 20% menor que a média do setor.
Outra métrica, bem mais conhecida, também é citada pelo banco: o P/L (Preço/Lucro). Considerando-se o lucro projetado para 2022 (sim, daqui um ano), o P/L 2022 da Lavvi é de 7,9 vezes. Para o BTG Pactual, trata-se de um múltiplo “indiscutivelmente muito atraente”.
Por tudo isso, o banco reafirmou sua recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 13,50 para os próximos 12 meses. O valor embute uma alta potencial de 45% sobre a cotação usada como referência pelos analistas.