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Ações da JBS e Marfrig têm novas perspectivas, avalia Bradesco BBI

07 out 2019, 22:21 - atualizado em 07 out 2019, 22:21
Carnes
Nos EUA, o incêndio na fábrica da Tyson Foods em agosto é o maior combustível para o aumento da demanda de carne do país (Imagem: Reuters)

A Marfrig (MRFG3) e a JBS (JBSS3) devem ser favorecidas por melhores condições no mercado de carne bovina no Brasil e nos EUA, afirmou o Bradesco BBI. No relatório divulgado nesta segunda-feira (7), a corretora relatou que o setor deve ter uma oferta mais robusta até 2021 e conta com a aprovação de 17 novas plantas de exportação para a China.

Nos EUA, o incêndio na fábrica da Tyson Foods em agosto é o maior combustível para o aumento da demanda de carne, já que 5% do fornecimento total do produto era realizado por ela.

A fábrica voltará a funcionar normalmente no primeiro trimestre de 2020, mas a procura por carne deve continuar alta até 2021, favorecendo as outras produtoras do país.

A Marfrig entra com duas das 17 novas plantas que serão aprovadas para exportar carne para a China. Os embarques para o país asiático representam 24% do total anual de exportações e com a maior demanda o valor das carnes no Brasil pode aumentar. Apesar da JBS não fazer parte dessas plantas, ela pode ser beneficiada com os preços mais altos da carne bovina doméstica.

A abertura de capital nos EUA, programada para o primeiro semestre de 2020, deve trazer maior competitividade para a empresa no exterior (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

JBS no exterior

O Bradesco cortou a taxa de desconto para a JBS pensando em seu gerenciamento passivo e na provável abertura de capital nos EUA. Com a nova conduta da JBS, o banco acredita que a empresa está correndo menos risco, além de ter melhorado a sua geração de caixa no período de um ano.

A abertura de capital, programada para o primeiro semestre de 2020, deve trazer maior competitividade para a empresa no exterior, já que hoje ela ainda é avaliada abaixo de concorrentes nos EUA em 20%.

Se a JBS realmente chegar ao mesmo patamar dos concorrentes, o Bradesco avalia que o seu novo preço-alvo pode subir R$ 4, para R$ 39, o que representa 25,8% de aumento em relação ao valor negociado no fechamento de hoje, de R$ 31.

Sendo assim, a corretora fez uma recomendação neutra para as ações da Marfrig e da JBS, acreditando que os riscos estão equivalentes aos ganhos, e passou o seu preço-alvo de R$ 8 para R$ 12 e de R$ 28 para R$ 35, respectivamente.