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Ações da Gol (GOLL4) disparam 15% após números de novembro; Bradesco BBI vê ‘sólidos resultados operacionais’

06 jan 2025, 11:58 - atualizado em 06 jan 2025, 11:58
Gol
As ações da Gol dispararam após a companhia divulgar números financeiros referentes a novembro de 2024 (Imagem: iStock/Fabricio Rezende)

As ações da Gol (GOLL4) engataram alta na B3 no pregão desta segunda-feira (6), chegando a saltar 15% em reação aos números referentes a novembro divulgado na sexta-feira (3).

Por volta de 11h53 (horário de Brasília), os papéis da companhia saltavam 15,22%, a R$ 1,59.



Em recuperação judicial, a Gol registrou mais um mês no vermelho, com prejuízo de R$ 176 milhões em novembro, mas menor do que os R$ 338 milhões de outubro.

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receita líquida somou R$ 1,7 bilhão no mês, contra R$ 1,6 do mês anterior. Por outro lado, a dívida líquida subiu, a R$ 31 bi, contra R$ 29 bi em relação a outubro.

O caixa total ficou em R$ 2 bilhões no mês.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em novembro foi de R$ 448 milhões, com margem de 26%, avaliada como sólida por analistas do Bradesco BBI.

Analistas da casa apontam que a margem Ebitda de 26% representa alta de 1 ponto percentual (pp) em relação a outubro, com receitas unitárias subindo 12% ao mês.

“Em nossa opinião, isso pode refletir a sazonalidade à medida que o setor se aproxima do verão do Hemisfério Sul, mas também reflete uma melhoria na taxa de ocupação total de 1,5 pp no mês. Esperamos que a melhora sequencial continue em dezembro, à medida que a alta temporada avança”.

Os analistas destacam ainda o aumento de 4% da dívida líquida na comparação mensal, refletindo a depreciação de 5% do real no período — vale lembrar que companhias aéreas são altamente dolarizadas.

“Apesar dos sólidos resultados operacionais, mantemos nossa recomendação de venda e preço-alvo para 2025 de R$ 0,90 para a GOL, dada a esperada diluição patrimonial como parte de sua saída do Chapter 11, prevista para abril”, concluem.

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Gol firma acordo sobre dívidas tributárias

Na útlima semana, a Gol comunicou o mercado sobre acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) para equacionar as dívidas tributárias da companhia e suas subsidiárias, abrangendo tributos previdenciários, não previdenciários e outras obrigações.

Segundo o documento enviado ao mercado na quinta-feira (02), o acordo prevê o parcelamento de débitos previdenciários e não previdenciários, estimados em aproximadamente R$ 5,5 bilhões, assim como a aplicação de descontos sobre multas, juros e encargos.

Ficou acordada ainda a possibilidade de abatimento de parte do saldo devedor com prejuízo fiscal e base de cálculo negativa de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). O plano de reestruturação da Gol já previa a realização de um acordo deste tipo.

A companhia aérea destaca que o acordo não impactará o endividamento líquido e que a reestruturação financeira por meio do Chapter 11 (recuperação judicial nos Estados Unidos) atualmente em curso permanece necessária.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.