Comprar ou vender?

Ações da Gol e Azul devem ganhar ainda mais com saída da Avianca

12 dez 2018, 11:00 - atualizado em 12 dez 2018, 11:01
Gol
Rede da Gol se sobrepõe em mais de 80% com a da Avianca

As ações da Gol (GOLL4) e da Azul (AZUL4) ainda têm mais espaço para subir mesmo após a disparada de terça-feira (11), altas de 13% e 6%, quando a concorrente Avianca declarou um pedido de recuperação judicial, avalia a equipe de análise do Bradesco BBI em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (12). O pedido, de R$ 50 milhões, está em segredo de Justiça.

“Agora a Avianca Brasil terá de diminuir a sua participação para se recuperar dos procedimentos do capítulo 11. Assim, a GOL deve passar a ser a maior ganhadora, já que a sua rede se sobrepõe em mais de 80% com a da Avianca”, apontam Victor Mizusaki e Flávia Meireles. A recomendação é de compra para GOL e Azul, com preços-alvo de R$ 22,00 e R$ 40,00 para o final de 2019, respectivamente.

Para a Gol, o Bradesco leva em consideração o real mais forte frente ao dólar após as eleições presidenciais do Brasil, substituição do modelo B737NG por B737MAX e a desalavancagem financeira. Por parte da Azul, a indicação  leva em conta a introdução contínua de um A320 neo mais eficiente do lado de combustíveis para diluir o custo por unidade de capacidade. Além disso, a companhia está alavancada na recuperação econômica do Brasil.

Recuperação

Desde a semana passada, a companhia vem sendo alvo de ações pedindo a retomada de aeronaves arrendadas por falta de pagamento. Após se expandir rapidamente, a Avianca no Brasil enfrenta dificuldades para pagar fornecedores, cumprir obrigações com concessionárias de aeroportos e pode ter de devolver aviões. O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (10), às 15h23.

A dívida com todos os aeroportos brasileiros, públicos e privados, chega a quase R$ 100 milhões, sendo só com o de Guarulhos é de R$ 25 milhões. Nos últimos dias, no entanto, a companhia conseguiu pagar parte das dívidas.

Com pagamentos atrasados junto a fornecedores e obrigações com concessionárias de aeroportos, a companhia aérea está sob risco de ter de devolver 11 aviões, equivalentes a 18% de sua frota, à Constitution Aircraft.

(Com Investing.com)

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