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Ações da Eneva e da AES Tietê operam com valorização após possível fusão

13 mar 2020, 15:56 - atualizado em 13 mar 2020, 15:56
Eneva Empresas
A Eneva disse que solicitou reunião no dia 16 ou 17 de março, para apresentar e debater a oferta (Imagem: Eneva/Divulgação)

Na tarde desta sexta-feira na bolsa paulista, as ações da Eneva (ENEV3) e da AES Tietê (TIET11) operam om valorização, depois que divulgação de carta reiterando a intenção de iniciar tratativas para fusão das operações, após a oferta da primeira, de R 6,6 bilhões, em dinheiro e ações, ter sido vista com hostil pela rival.

Assim, por volta das 15h50, a Eneva tinha valorização de 4,55% a R$ 34,71, com os da AES Tietê somando 8,26% a R$ 16,13.

A Eneva disse que solicitou reunião no dia 16 ou 17 de março, para apresentar e debater a oferta, “bem como combinar os termos e a forma de disponibilização de informações de parte a parte, visando a negociação e eventual acordo”.

Na véspera, a AES Tietê enviou carta à Eneva na qual afirma que determinados pontos da proposta parecem “incompletos” ou “não conclusivos”.

Na véspera, o diretor financeiro da Eneva, Marcelo Habibe, disse em entrevista à Reuters que a empresa já mostrou disposição para explicar os méritos da proposta, que seria “boa para todo mundo”, com a criação de uma “gigante de energia”.

Habibe revelou ainda que a Eneva manteve desde janeiro passado conversas com a norte-americana AES Corp para uma possível fusão das empresas no Brasil, mas que as tratativas não avançaram mesmo após reuniões nos Estados Unidos.

As dificuldades na negociação levaram a Eneva a apresentar em 1° de março a proposta de 6,6 bilhões de reais.

A proposta da Eneva, válida inicialmente por 60 dias, está agora em avaliação na AES Tietê, que disse que irá contratar assessores financeiros para ajudá-la na análise.

A Eneva controla termelétricas a gás e carvão e campos de exploração de gás, enquanto a AES Tietê tem hidrelétricas e usinas eólicas e solares, em portfólios vistos por analistas como fortemente complementares.

Mas para a AES a transação não se encaixaria no plano estratégico do grupo, que anunciou em fevereiro que pretende acelerar metas de descarbonização.

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