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Ações da Embraer fecham em queda de 7,5% após fracasso em acordo com Boeing

27 abr 2020, 18:00 - atualizado em 27 abr 2020, 18:09
Embraer
As ações da empresa chegaram a cair mais de 16% na mínima, sendo negociadas a 6,91 reais, menor valor desde julho de 2009 (Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)

As ações da Embraer (EMBR3) despencavam nesta segunda-feira, pressionadas pelo cancelamento do acordo de 4,2 bilhões de dólares para vender sua divisão de aviação comercial para a Boeing (BA) no último final de semana.

Os ruídos sobre o fracasso da aguardada transação já rondavam o mercado na sexta-feira, quando fontes afirmaram que as negociações haviam esbarrado em um obstáculo.

Nesta segunda, com o cancelamento da transação oficializado, as ações da empresa chegaram a cair mais de 16% na mínima, sendo negociadas a 6,91 reais, menor valor desde julho de 2009.

Com isso, as ações despencaram 7,49%, a R$ 7,66, em contraste com o Ibovespa (IBOV), que subiu 3,86%. Em 2020, o papel acumula queda de mais de 60%.

Para o UBS, o cenário já desanimador para empresas do setor, que encaram uma forte queda na demanda por conta da pandemia de coronavírus, é ainda mais desafiador para a Embraer.

Na esteira do fracasso do negócio, a Embraer afirmou que iniciou processo de arbitragem contra a Boeing.

Os desdobramentos da notícia são bastante negativos para a Embraer, que agora se vê sozinha tendo que disputar mercado com outros players atualmente mais bem estruturados, disse Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, em nota.

“Mesmo a companhia negociando um novo acordo com outra empresa à frente, o que também pode implicar em termos menos vantajosos dada a atual conjuntura, a empresa precisará trabalhar sua musculatura de modo a retomar a competitividade de outrora”, afirmou.