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Ações da CVC (CVCB3) caem após S&P rebaixar avaliação de debêntures da companhia

16 set 2024, 11:44 - atualizado em 16 set 2024, 17:30
cvc
Ações da CVC caem na B3 e operam entre as maiores quedas do mercado acionário hoje (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

As últimas semana têm sido movimentadas para a a CVC (CVCB3). Nesta segunda-feira (16), as ações da companhia chegaram a cair mais de 7% e figuraram entre as maiores baixas do Ibovespa (IBOV) desde a abertura do pregão. 

Na abertura, CVCB3 recuaram 7,69%, a R$ 1,92. Os longo do dia, os papéis reduziram as perdas e terminaram com baixa de 1,92%, a R$ 2,04. Acompanhe o Tempo Real. 



Os investidores reagiram ao rebaixamento de avaliação de debêntures pela S&P Global, após a renegociação de dívidas.

Em comunicado, a CVC informou que teve as classificações de risco de crédito de suas debêntures da 4ª e 5ª emissão alteradas pela agência de risco de “brBB+” para “brCC”, em escala nacional.

A agência também rebaixou a perspectiva para o rating de positiva para negativa. “A perspectiva negativa indica que poderão rebaixar o rating de crédito de emissor e de emissão para ‘D’ [equivale à calote, default) caso a transação de reestruturação seja concluída sob os mesmos termos e condições propostos”, diz a S&P Global em relatório.

Na avaliação da S&P Global, a classificação “BB” aponta que a companhia está menos vulnerável no curto prazo, mas com incertezas sobre as condições de negócio, financeiras e econômicas. Já a classificação “CC” considera que a empresa está altamente vulnerável.

No último dia 11, a CVC anunciou o reperfilamento de debêntures.

O acordo foi feito com representantes de mais de 75% das debêntures em circulação da quarta emissão de cada série e 100% das debêntures em circulação da quinta emissão.

Com isso, a companhia conseguiu alongar os prazos do vencimento em quatro anos — para outubro de 2028, com amortização em cinco parcelas semestrais iguais e consecutivas.

Os papéis CVCB3 também caem pressionados pela abertura da curva de juros (DIs) nesta segunda-feira (16). Acompanhe o Tempo Real. 

Existe a perspectiva de que os Estados Unidos devem iniciar o afrouxamento monetário a partir de setembro, o que tem ajudado as ações ligadas ao turismo. 

Contudo, o mercado brasileiro já precifica um movimento contrário no Brasil, com a elevação da Selic também em setembro, em meio a deterioração do câmbio nos últimos meses, a desancoragem das expectativas de inflação e a inflação no limite da banda superior da meta (de 3%) para este ano

Mais cedo, o Boletim Focus apontou a elevação das projeções de inflação (IPCA) para o fim de 2024 e 2025, pela nona vez consecutiva. Os economistas preveem inflação em 4,35% neste ano e 3,95% no final do ano seguinte.

Movimentações na CVC

A companhia de turismo tem sido alvo de movimentações no seu capital social nas últimas semanas.

Na semana passada, o GJP Fundo de Investimento, por meio da sua gestora, Mar Capital, aumentou a participação na companhia de turismo. O fundo passou a deter  85.793.045 ações ordinárias da CVC, o que corresponde a 16,32% do capital social.

A movimentação aconteceu na última sexta-feira (13), dia em que a CVC despontou entre as maiores altas e encerrou o pregão com alta de 14,29%, a R$ 2,08.

Em 21 de agosto, a WNT aumentou a sua fatia no capital da CVC. Na data, a gestora passou a ter 26.333.100 ações ordinárias da companhia, o equivalente a 5,01% do capital social da empresa. 

Na ocasião, as ações CVCB3 saltaram quase 25% na primeira hora dos negócios do pregão da quarta-feira (21) e encerraram a sessão com alta de 12,75%, a R$ 2,30.

Três dias depois, a WNT voltou a vender as ações da companhia de turismo e reduziu a a participação do capital social para 3,34%, com 17.558.300 ações ordinárias.

O investidor Nelson Tanure negou estar à frente na compra das ações, segundo notícia do Broadcast. Em outras ocasiões, o empresário já usou a estrutura da WNT para adquirir participações em outras companhias, como a Light (LIGT3).

*Com Lorena Matos e Renan Dantas  

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Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
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