Ações da CSN caem, com menor visibilidade na mineração
Os investidores não gostaram do fato relevante divulgado pela CSN (CSNA3), nesta sexta-feira (15), e punem a empresa com uma forte desvalorização das ações na Bolsa. Por volta das 11h56, os papéis recuavam 4,17%, cotados a R$ 8,04.
No mesmo instante, o Ibovespa, principal índice do pregão, recuava menos (-1,01%) e marcava 78.212 pontos.
O mau humor do mercado com a CSN deve-se à mudança no modo como a companhia apresentará, a partir de agora, seu desempenho no setor de minério de ferro. Até então, a empresa informava, separadamente, o volume de produção própria e o volume comprado de terceiros.
Agora, a CSN informará apenas o volume total, sem distinguir o que foi produzido por ela e o que veio de fornecedores. Pode parecer um detalhe, mas reduz a visibilidade do negócio, na medida em que os analistas não terão acesso a essas informações.
Menos transparência
Dessa forma, ficará mais difícil calcular a margem de lucro das vendas de minério de ferro, por exemplo, já que, logicamente, o insumo comprado de terceiros para ser revendido tem margem menor que o produto extraído pela própria empresa.
A estimativa de volume ofertado (produção, mais revenda do material de terceiros) continua mantida para 33 milhões a 36 milhões de toneladas. O número é menor que os 38 milhões registrados pela CSN em 2019.
Veja o fato relevante divulgado hoje pela CSN.