Ações da CCR são uma boa defesa contra a Covid-19, diz BTG
A CCR (CCRO3) mostrou que suas operações são sólidas. De acordo com o BTG Pactual (BPAC11), o portfólio da companhia está provando ser defensivo contra os efeitos da pandemia do coronavírus.
“Os impactos da covid-19 devem ser reequilibrados no médio prazo, o que significa um impacto neutro no valuation da empresa”, afirmaram Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Ricardo Cavalieri, analistas do banco.
O BTG realizou recentemente uma reunião com representantes da CCR para falar sobre as últimas atualizações envolvendo o nome da empresa.
Waldo Leskovar e Marcus Macedo, respectivamente CFO e chefe de Relações com Investidores da companhia, comentaram que estão progredindo com as discussões de reequilíbrio econômico dos contratos de concessões administradas pela CCR.
Segundo Leskovar, as negociações estão acontecendo com todas as partes envolvidas e não envolvem questões relacionadas à pandemia. As discussões também estão demorando mais porque o acordo abre possibilidade para uma combinação de extensões de contrato com novos investimentos.
Entrada em novos nichos
A CCR segue avaliando sua entrada em novos segmentos, como saneamento e portos. Com base nas mudanças realizadas pela administração, os novos investimentos são bem prováveis de acontecer, embora sejam necessárias mais avaliações para encontrar as melhores oportunidades e os negócios com maior potencial de retorno.
Por ora, a companhia está comprometida em ser o mais competitiva possível, focando nos ativos altamente estratégicos, como Nova Dutra, Rodonorte e as linhas 8 e 9 do metrô de São Paulo.
Considerando a recuperação dos volumes de tráfego e o caráter defensivo do modelo de investimento da CCR, o BTG manteve a recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 18. O valor não considera o potencial de valorização de aproximadamente R$ 6 das discussões de reequilíbrio com o governo de São Paulo.