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Ações da Brava Energia (BRAV3) derretem quase 10%; veja o que está por trás da queda

19 set 2024, 11:44 - atualizado em 19 set 2024, 17:31
brava energia
Ações da Brava recuam após divulgação de estimativa retorno da produção do campo de Papa Terra (Imagem: Divulgação)

As ações da Brava Energia (BRAV3) protagonizam as maiores quedas do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (19), após a companhia informar ao mercado que a expectativa de retorno da produção do campo de Papa Terra foi atualizada para o início de dezembro de 2024.

Os papéis encerraram o dia com queda de 9,40%, a R$ 18,89 — e liderou a ponta negativa do principal índice da bolsa brasileira.



Na avaliação de analistas do Bradesco BBI e Ágora Investimentos, a expectativa era de uma retomada mais rápida da operação, o que justifica a reação negativa do mercado.

“Por outro lado, agora a empresa emitiu uma expectativa de quando a produção deve ocorrer, o que deve ajudar a ancorar as expectativas”, ponderam.

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Conforme o documento divulgado pela companhia, após a parada programada iniciada no dia 27 de julho, a produção foi reiniciada no dia 29 de agosto e estabilizada em 15 mil barris por dia via seis poços (PPT-12, PPT-16, PPT-17, PPT-22, PPT-37 e PPT50).

A pedido da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Brava interrompeu a produção no dia 04 de setembro para prestar esclarecimentos sobre a quantidade de pessoas a bordo e sobre atividades de manutenção.

“Nesse contexto, a companhia optou por avançar em itens de inspeção e manutenção que estavam previstos para os próximos meses, mantendo as unidades em parada programada, de modo a maximizar a segurança operacional do ativo” esclarece.

Brava Energia tem potencial de alta, vê Safra

A companhia, que surgiu a partir da 3R e Enauta, ainda não decolou na bolsa. Desde que estreou, a ação cai 12%, em meio ao petróleo fraco e notícias negativas, como a própria paralisação do campo Papa Terra.

Porém, se o investidor tiver paciência, poderá pegar uma pernada de alta de 84% nas ações, considerando os preços de hoje. Pelo menos essa é visão do Safra. A recomendação é de compra e o preço-alvo de R$ 35, conforme relatório divulgado na terça-feira (17).

O banco atualizou as expectativas da companhia. Segundo o analista Conrado Vegner, as ações da Brava são negociadas a um preço muito atraente de 2 vezes o EV/Ebitda (valor da empresa sobre resultado operacional) para 2025.

Segundo o analista, a companhia está prestes a se tornar um importante ator independente no setor de petróleo e gás da América Latina.

“Com um portfólio diversificado e 500 milhões de boe de reservas comprovadas, esperamos que a sua produção exceda os 110 mil boed nos próximos anos, o que deve impulsionar o seu fluxo de caixa livre”, coloca.

*Com Renan Dantas

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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