Ações da Azul sobem mais de 3% com balanço ‘positivo’ e atualização do guidance; é hora de comprar AZUL4?
Os investidores de Azul (AZUL4) têm um dia agitado por notícias da companhia aérea nesta quinta-feira (14). Além do balanço do terceiro trimestre, a empresa anunciou o guidance para 2025 e atualizou os acionistas sobre as negociações com os credores.
Em meio a tanta informação, as ações AZUL4 operaram em alta e terminaram o dia com avanço de 2,50%, a R$ 5,33. Acompanhe o Tempo Real.
A companhia, em reestruturação de dívidas, registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões entre julho e setembro, uma redução de 76,2% em relação a perda apurada no mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu um recorde de R$ 1,65 bilhão, crescimento de 6%, com a margem passando de 31,7% para 32,2%.
Em relação às estimativas, a Azul projeta um Ebitda de R$ 7,4 bilhões em 2025, principalmente devido à forte demanda por viagens, um ambiente competitivo racional e robusto crescimento nas unidades de negócio.
O que dizem os analistas?
“Receitas sem surpresas, mas um Ebitda melhor do que o esperado”. É assim que o BTG Pactual avalia os resultados da Azul no terceiro trimestre.
A XP Investimentos também considerou os resultados operacionais positivos, com destaque para o desempenho estável do RASK (receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos, na sigla em inglês) e um desempenho positivo do CASK (custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos).
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É hora de comprar AZUL4?
Apesar da visão positiva sobre os resultados, o Goldman Sachs reiterou a recomendação neutra para as ações da Azul.
“Continuamos preferindo a Copa e a LATAM dentro da nossa cobertura de companhias aéreas”, afirmam os analistas Bruno Amorim e João Frizo. O banco tem preço-alvo de R$ 6,80 — um potencial de valorização de 30,8% sobre o preço de fechamento de quarta-feira (13).
Já os analistas do BTG chamaram a atenção para a volatilidade cambial e do preço do petróleo, considerando que os investidores estão focados na conclusão dos esforços da empresa em gestão de passivos e na desalavancagem,
“Embora não acreditemos que o múltiplo EV/EBITDA de 2025 reflita com precisão o valor da empresa, reconhecemos que os investidores devem aguardar a valorização do real e procurar entender melhor a diluição potencial de ações antes de considerar (re)investir na ação”, escrevem Fernanda Recchia, Lucas Marquiori, Marcel Zambello e Marcelo Arazi, em relatório.
O banco também tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 17.