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Ações da Azul (AZUL4) derretem mais de 20% com pedido de proteção judicial no radar

29 ago 2024, 17:20 - atualizado em 29 ago 2024, 17:19
azul
Pesa nas ações a notícia de que a Azul estaria considerando um pedido de proteção contra credores para lidar com sua dívida. (Imagem: REUTERS/Rahel Patrasso/Arquivo)

As ações da Azul (AZUL4) fecharam em queda de 23,45% no pregão desta quinta-feira (29) após entrar em leilão duas vezes.

Pesa nas ações a notícia de que a empresa estaria considerando diversas opções — incluindo um pedido de proteção contra credores — para lidar com sua dívida com vencimento iminente. Por volta das 15h, a empresa soltou comunicado esclarecendo a informação.

Segundo informações da Bloomberg, a empresa vem trabalhando com o Citigroup para uma potencial oferta de ações. No entanto, não está descartado um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos — também conhecido como Chapter 11.

Em junho do ano passado, a Azul conseguiu adiar os vencimentos das suas dívidas por meio de uma troca de títulos. A empresa possui R$ 382 milhões de títulos de 2024 a serem pagos ainda em 2024, além de US$ 550 milhões a serem pagos nos próximos quatro anos.

No segundo trimestre a companhia registrou prejuízo de R$ 3,87 bilhões.

Azul estuda fusão com a Gol

Outras opções que também estão na mesa são a emissão de novas dívidas por meio da unidade de carga da Azul e um contrato de fusão com a Gol (GOLL4). Este último seria uma tentativa de convencer os credores de que a nova companhia teria níveis mais baixos de dívida e melhores perspectivas de crescimento.

Vale lembrar que, no início do ano, a Gol entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, com uma dívida de US$ 2,7 bilhões.

As ações da Gol caem 5,50%, negociadas a R$ 1,03.

De acordo com o Bradesco BBI, em breve comentário enviado a clientes, com a situação, é esperado que a Azul acelere as negociações para uma fusão com a GOL, “o que estimamos que poderia criar R$ 10,00/AZUL4 em sinergias”.

“Enquanto isso, a garantia de crédito do Governo Federal por meio de fundos do FNAC poderia ajudar a dar à Azul alívio financeiro de curto prazo”, coloca.

A corretora acredita que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comece a desembolsar linhas de crédito para as companhias aéreas no quarto trimestre.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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