Ações da Azul (AZUL4) caem 3% após esclarecimentos à CVM e venda de participação pela BlackRock
As ações da Azul (AZUL4) abriram o pregão desta quinta-feira (05) entre as maiores baixas do Ibovespa (IBOV), após a companhia prestar esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre notícias que circulam na mídia, envolvendo as especulações sobre uma eventual recuperação judicial da companhia aérea.
Os papéis da companhia aérea encerraram o pregão desta quinta-feira (5) com baixa de 3,66%, a R$ 4,74.
A companhia aérea passou por uma montanha-russa na Bolsa nos últimos dias, com as preocupações acerca da situação financeira e a possibilidade de um pedido de Chapter 11 — recuperação judicial nos Estados Unidos.
No dia 29 de agosto, o jornal O Globo veiculou que a companhia não pretende entrar com um pedido de Chapter 11 (pedido de recuperação judicial nos EUA), adicionando que parte do atual plano estratégico engloba o Eleva ou Azul 6.0, que, por meio de uma melhor gestão de custos e ganho em eficiência operacional, poderiam gerar R$ 1 bilhão adicionais em receita em 2025.
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Ainda, o CEO da Azul, John Rodgerson, apontou que a companhia vai faturar R$ 20 bilhões este ano. A CVM, via ofício, questionou a veracidade das informações e solicitou esclarecimentos adicionais a respeito do assunto, bem como o porquê a empresa não tratou o assunto via fato relevante.
Neste sentido, na noite de quarta-feira (04), a Azul esclareceu à autarquia ter feito referência ao seu Formulário de Referência e aos fatos relevantes divulgados pela Azul, destacando que a notícia veiculada reproduz dados extraídos de informações já divulgadas publicamente ao mercado.
“Não se trata de informação nova ou atualização das projeções da companhia que são devidamente reportadas na Seção 3 do seu Formulário de Referência e acompanhadas em suas informações financeiras.”
BlackRock se desfaz de ações da Azul (AZUL4)
Na esteira de eventos envolvendo a Azul, a BlackRock reduziu a participação acionária companhia, segundo comunicado na quarta-feira (4).
Em 30 de agosto, a posição da maior gestora do mundo na companhia aérea passou a ser de 14.841.071 ações preferenciais e 331.819 American Depositary Receipts (ADRs), representativos de 995.457 papéis preferenciais.
No total, a BlackRock detém 15.836.528 ações, que representam aproximadamente 4,716% do total. Além disso, ela possui 590.354 instrumentos financeiros derivativos referenciados em papéis preferenciais com liquidação financeira, equivalentes a 0,175% do total.
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A gestora esclarece, como usual, que o objetivo das participações societárias é estritamente de investimento e não busca alterar o controle acionário ou da estrutura administrativa da Azul.