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Ações da Ânima podem superar dificuldades econômicas e subir mais de 100% em 2022

17 nov 2021, 10:05 - atualizado em 17 nov 2021, 10:05
Mercados ações
A avaliação foi feita, após os resultados corporativos da companhia de educação, que registrou lucro líquido de R$ 58,6 milhões no 3° tri (Imagem: Pixabay/Pexels)

O BTG Pactual (BPAC11) e a XP Investimentos (XPBR31) calculam uma valorização de 106% nos papéis da Ânima (ANIM3) durante o próximo ano. As duas casas propõem preço-alvo de R$ 15 para as ações. Ambas também usaram os mesmos R$ 7,3 como referência de fechamento do papel.

A avaliação foi feita, após os resultados corporativos da companhia de educação, que registrou lucro líquido de R$ 58,6 milhões no terceiro trimestre, alta de 195% frente o mesmo período do ano anterior, e 66% acima do esperado pela XP. 

Os lucros calculados foram impulsionados pela alta de 132% na receita líquida, a R$ 816,7 milhões, que refletiu um aumento de 5% no valor do ticket médio (quando exclui o ensino à distância). 

Além disso, o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado durante os meses teve alta de 244% sobre o ano anterior, a R$ 334,3 milhões, medida 53% acima da expectativa do BTG. 

Outro fator importante, apontado pela XP, é a pressão realizada pelas despesas líquidas de R$ 307 milhões da companhia. O saldo é parte de uma dívida líquida total de R$ 4,7 bilhões, principalmente devidos a emissões de debêntures para a aquisição da Laureate, rede global de instituições acadêmicas responsável por dobrar a base de alunos da Ânima nos últimos três meses. 

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Tese de investimento

Segundo os analistas do BTG, a forte performance trimestral da companhia ocorreu devido à melhor margem bruta nos ganhos de eficiência do modelo metodológico próprio (E2A); às sinergias da fusão com a Laureate, que estima captar R$ 350 milhões por ano quando totalmente integrado; e às melhores provisões.

Assim, o banco reiterou sua recomendação de compra das ações da Ânima, já que a agenda interna da empresa compensaria o cenário econômico atual: “os fundamentos por trás de sua recuperação de margem são menos dependentes do cenário macro adverso atual”.

Os analistas da XP também recomendam a compra desses papéis, trazendo os resultados sólidos da companhia nos últimos meses como ponto central da sua tese. “A empresa conseguiu apresentar grandes melhorias operacionais no trimestre, reforçando a nossa visão positiva em relação às ações.”