Ações cripto mostram por que estão entre ativos mais arriscados
Os curiosos que investiram em ações de criptomoedas ainda têm pouco para comemorar após a recuperação das ações de empresas ligadas ao mundo dos ativos digitais na semana passada, com o desempenho do setor bem abaixo de quase todos os outros este ano.
A Coinbase, apresentada no ano passado como uma das melhores maneiras de ganhar exposição às criptomoedas quando abriu capital no Nasdaq (US100), caiu 75% em 2022.
A MicroStategy caiu 63%, mais do que o Bitcoin, que a ação acompanhava de perto desde que o CEO Michael Saylor resolveu acumular a moeda.
As líderes de mineração do token digital Marathon Digital e Riot Blockchain tiveram quedas parecidas, enquanto rivais menores, como Stronghold Digital afundaram mais ainda.
À medida que o segundo trimestre termina, as ações de criptomoedas se juntaram aos tokens digitais como uma das classes de ativos mais arriscadas do mundo.
O NYSE FactSet Global Blockchain Technologies Index caiu 65% este ano, com desempenho inferior não apenas ao Bitcoin, mas também a um índice que rastreia as chamadas “meme stocks” altamente voláteis e um indicador das chamada empresas de cheque em branco dos EUA.
As ações de criptomoedas são “essencialmente uma aposta alavancada em um dos ativos mais arriscados que existem”, disse Steve Sosnick, estrategista-chefe da Interactive Brokers.
Ele acrescentou que há apenas algumas outras apostas que ele considera de maior risco para os investidores.
Embora tombos enormes do Bitcoin não sejam novidade em seus cerca de 12 anos de história, a liquidação mais recente foi particularmente brutal, dado o escopo das perdas vistas em todo o setor.
Em menos de seis meses, o mercado de criptomoedas perdeu mais de US$ 1 trilhão de seu valor, com um índice dos 100 maiores ativos digitais afundando cerca de 59% e a caminho de seu pior ano desde o mercado de baixa anterior em 2018.
A queda que começou no início de novembro, depois que o Bitcoin atingiu uma máxima histórica de quase US$ 69.000, se acelerou este ano à medida que os investidores globais começaram a sair das classes de ativos mais arriscados em meio a temores de que os aumentos de juros do Federal Reserve mergulhariam a economia dos EUA em uma recessão.
Para piorar a situação, em maio houve a implosão do ecossistema Terra/Luna, que desencadeou uma série de liquidações em todo o setor e provocou uma onda de vendas de pânico.
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