Selic nas alturas: Ações com exposição ao dólar devem continuar com desempenho satisfatório, diz analista

Onde investir com a Selic nas alturas? Para Rafael Passos, analista da Ajax Asset, as empresas exportadoras de commodities podem ser boas apostas. “Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e frigoríficos, por exemplo, devem continuar reportando números satisfatórios”, afirmou em entrevista ao Giro do Mercado desta quinta-feira (30).

O especialista comentou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, alcançando os 13,25%, já esperada pelo mercado. Segundo Passos, a inflação acima da meta e a questão fiscal continuam preocupando, mas uma tendência de desaceleração da economia pode fazer com que o ciclo de altas acabe mais cedo.

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De acordo com Passos, o momento exige cautela, especialmente com ações de empresas que possuem alto endividamento, já que os juros pressionam o crescimento da dívida. Neste cenário, as melhores opções estão ligadas a maior geração de caixa, com estrutura de capital mais equilibrada.

O setor de construção civil, sensível a juros mais altos, vem surpreendendo. “As construtoras vêm reportando números bastante satisfatórios, com crescimento de lucro, retorno de investimento e geração de caixa”, disse o analista.

Passos destaca as construtoras focadas no segmento de baixa renda, como Tenda (TEND3), Direcional (DIRR3) e MRV (MRVE3), exaltando o desempenho positivo das empresas, que foram beneficiadas por programas do governo como o Minha Casa Minha Vida.

“Podemos ter uma bolsa mais desafiadora ao longo do ano, mas mesmo com essa Selic alta a gente consegue encontrar alguns cases interessantes para performar acima do CDI neste ano”, afirmou Passos.

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O analista ainda comentou sobre o cenário externo, com as consequências do tom mais “leve” de Donald Trump em relação a tarifas de importação. Outras empresas exportadoras, como Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) também foram citadas. Para assistir o programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no youtube.

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