Delação da JBS

Ações brasileiras voltam a subir em NY; Petrobras ganha 2% e Telefônica salta 14%

19 maio 2017, 2:18 - atualizado em 05 nov 2017, 14:03

Nyse

Após a queda livre na B3 que derreteu muitas das principais ações da Bolsa, os ativos brasileiros negociados em Nova York ensaiam uma recuperação. Há instantes, os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras subiam perto de 2%, Vale 0,8%, Itaú 1,8% e Gerdau 1,9%. Os ativos da Telefônica Brasil disparam aproximadamente 14%.

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O dólar comercial fechou hoje (18) em forte alta, cotado em R$ 3,38 na venda, uma alta de 7,9% em relação ao preço de ontem (17). O Credit Suisse elevou a estimativa do dólar de R$ 3,50 para R$ 3,70.

Já o principal índice da bolsa, o Ibovespa, encerrou o dia com retração de 8,8%, com 61.597 pontos. Às 10h21, o pregão registrou queda de 10,47% e foi suspenso por meia hora.

As ações que mais caíram no dia foram Eletrobras ON (-20,9%), Cemig PN (-20,4%) e Eletrobras PNB (-16,9%). As ações da JBS desvalorizaram 9,68%. O volume de ações negociadas foi de R$ 24,5 bilhões.

Cenário

A Lava Jato chegou ao clímax com a delação da JBS desde o seu início em 2014, avalia o diretor de estratégia da consultoria Arko Advice, Thiago de Aragão. “Ainda não tinha surgido nada que pudesse superar a revelação das conversas entre Dilma Rousseff e Lula”, ressalta especialista em análise de risco político.

Ele ressalta que muitos em Brasília já se questionavam sobre o porquê de Joesley Batista estar “tão livre” imaginando o teor bombástico que poderia ter atingido a sua delação. Os partidos PPS e o Podemos já anunciaram a saída da base aliada do governo. Em declaração à nação, Michel Temer, enfatizou que não irá renunciar.

Aragão entende que, como está, o caminho de saída menos traumático para a crise atual seria a cassação da chapa Dilma-Temer, que deverá ser votada pelo TSE no próximo dia 6 de junho.

“Para o TSE, precisamos de uma conjunção de pressão popular e da imprensa para que o Tribunal seja a válvula de escape”, ressalta.

Nesta premissa, o presidente da Câmara assumiria por 30 dias e, caso consiga andar com as reformas, “poderia se capitalizar para ser o tampão até o fim do ano que vem. É o primeiro nome que viria a mente”, diz.

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