Comprar ou vender?

Ações brasileiras ainda estão baratas e largadas e têm o impulso que faltava

06 out 2022, 12:48 - atualizado em 06 out 2022, 12:48
Ações brasileiras
Volatilidade ainda deve dar as caras, mas as ações brasileiras estão muito atrativas para serem deixadas de lado agora. (Imagem: Pixabay/ Julien Tromeur)

As ações brasileiras vivem a sua própria dinâmica neste início de outubro, embaladas pelo resultado surpreendente das eleições 2022.

Desde o último pregão antes do povo ir às urnas até o fechamento mais recente, o Ibovespa (IBOV) saltou 6,5% saindo de 110 mil pontos para 117,1 mil pontos.

Embora nesse intervalo também tenha ocorrido algum alívio nos mercados globais, é nítido que o Brasil vai na contramão do mundo seja na derrocada da inflação ou no quadro de manutenção do teto de gastos mais assegurado no próximo governo.

A composição do Congresso Nacional eleito e os movimentos de apoio ao pleito presidencial que estão sendo feitos para o segundo turno mostram que ambos os candidatos estão caminhando ao centro, em uma tentativa de “distencionar” o debate social e econômico.

“A probabilidade de eventos de cauda ou agendas extremistas no tocante a economia se reduziram consideravelmente. O mercado precificou um cenário de catástrofe no país, os investidores fugiram e os ativos locais ficaram largados” e baratos”, diz Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, em comentário.

Isso não quer dizer que o Brasil tem garantias para aprovar todas as reformas necessárias.

Em momentos como o atual, os sinais colocados à mesa já podem ser suficientes para sustentar movimentos de apreciação dos ativos locais.

Renda fixa ou renda variável?

No curto prazo, os ativos de renda variável (fundos de ações, fundos imobiliários, entre outros) têm levado a melhor em relação ao desempenho das taxas atualmente oferecidas na renda fixa.

Os mercados emergentes, como é o caso do Brasil, costumam ter ciclos financeiros em momentos opostos aos ciclos de mercados desenvolvidos.

Então, é necessário que o fluxo saia de mercados desenvolvidos para que entre em mercados emergentes e, consequentemente, puxe nossos ativos locais.

Um aumento de juros nos EUA gera pressão para empresas do S&P 500 (SPX), já que o mercado exige retorno cada vez maior para investir nelas, pois o investimento livre de risco está remunerando mais.

“Esse fluxo de saída das bolsas americanas pode migrar para países emergentes como o Brasil. O valor de mercado das bolsas americanas é gigantesco e qualquer porcentagem vinda de lá pra cá pode gerar uma alta bastante expressiva aqui nas ações brasileiras, principalmente as small caps“, avalia Felipe Simões, economista e diretor da WIT Asset.

Por outro lado, os juros mais altos nos EUA pressionam a taxa Selic ainda mais. A renda fixa não pode ser relegada totalmente.

Os títulos pós-fixados (Tesouro Selic e renda fixa indexada ao CDI) garantem ganhos ao investidor caso esse movimento de uma eventual alta nos juros se confirme. Já os títulos indexados ao IPCA vão acompanhar a inflação caso ela aumente e são sempre interessantes para se ter na carteira.

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Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
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