Ações baratas e Ibovespa (IBOV) em 145 mil pontos; o que esperar do 2º semestre, segundo XP
Os seis primeiros meses do ano não foram fáceis para o mercado financeiro: o Ibovespa (IBOV) caiu 7,7% em reais e 19,5% em dólares. Trata-se do pior desempenho dentre os principais mercados globais.
De a XP Investimentos, alguns fatores ajudaram para levar a bolsa brasileira de uma das principais beneficiárias da tendência de desinflação e do ciclo de flexibilização do Federal Reserve para o “patinho feio” do mercado.
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Os analistas Fernando Ferreira, Jennie Li, Júlia Aquino e Felipe Veiga, que assinam o relatório, destacam o cenário macro externo volátil, com o mercado re-precificando as expectativas de cortes de taxas de juros por parte do Fed. Além disso, também pesam as incertezas sobre a política fiscal brasileira, a âncora da política monetária e as maiores interferências do governo nas empresas estatais.
No entanto, nem tudo está perdido. “O nível de preços parece bastante atrativa para as ações brasileiras. Além disso, as estimativas de lucros foram revisadas para cima recentemente para as empresas do Ibovespa”, diz o texto.
Para isso, é necessário que o Fed dê início ao seu ciclo de afrouxamento monetário e que o fluxo de notícias sobre as políticas fiscais e monetárias domésticas melhore.
O que esperar do Ibovespa para o 2º semestre
Segundo o relatório, os dados históricos indicam que o Ibovespa é um grande beneficiário do ciclo de flexibilização das taxas de juros dos Estados Unidos, superando seus pares globais antes e depois que o Fed inicia um ciclo de flexibilização.
“Nos últimos seis ciclos de afrouxamento monetário dos EUA, entre 2000 e 2021, as ações brasileiras subiram, em média, 15% nos 90 dias que antecederam o primeiro corte. E, um ano após o primeiro corte, o Ibovespa subiu 30% em dólares e 21 em reais, superando o desempenho dos mercados emergentes e desenvolvidos”, apontam os analistas.
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Os dados mostram que o período que antecede o primeiro corte de taxas pelo Federal Reserve tende a ser misto para as ações brasileiras. Porém, após o início de um ciclo de afrouxamento monetário nos EUA, a maioria dos setores tem desempenhos positivos.
Em média, os setores de Materiais (31%), Saúde (31%) e Elétricas & Saneamento (12%) registraram os maiores retornos durante os últimos ciclos.
A XP manteve o valor justo para o Ibovespa em 145 mil pontos para o fim de 2024 — nesta segunda-feira (1), o principal índice da bolsa brasileira flerta com as 125 mil pontos.