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Ações: 3 oportunidades em meio a sinais ‘conflitantes’ dos mercados, segundo o UBS

31 mar 2022, 17:45 - atualizado em 31 mar 2022, 17:45
UBS citou a China como uma oportunidade e argumentou que as ações do país caíram em média 22,3% em 2021. (imagem: NOX Bitcoin)

O UBS emitiu um relatório nesta quinta-feira (31) citando três oportunidades para o investidor no mercado global: commodities e energia, “segurança” (campos de energia, alimentos, dados e clima) e China.

Para o banco, os mercados de ações e títulos nos Estados Unidos têm emitido sinais conflitantes sobre as perspectivas econômicas, segundo relatório assinado por Mark Haefele e equipe.

O rendimento do Tesouro dos EUA de dois anos subiu brevemente acima do rendimento de 10 anos no início desta semana – uma indicação de crescentes preocupações de recessão entre os investidores de renda fixa, destaca.

“Por outro lado, os mercados de ações responderam ao otimismo renovado de que as negociações entre a Rússia e a Ucrânia podem levar a um cessar-fogo”, ponderou.

O UBS adverte contra a “interpretação excessiva de qualquer sinal”.

Ações: Commodities, energia, saúde e dividendos

O UBS destaca que tem uma recomendação “neutra” para ações em geral, mas diz que continua a enxergar oportunidades.

A dica do banco é que o investidores considerem hedges (proteções), como commodities e ações de energia, – que, na avaliação da instituição, devem ter desempenho bom em um cenário de mercados baixa, ao mesmo tempo que são beneficiadas pela reabertura econômica.

“Os investidores também podem procurar diminuir a volatilidade adicionando exposição para setores defensivos, como saúde global, e ações de qualidade, que oferecem rendimentos de dividendos atraentes, fluxos de caixa livres e um retorno sustentável sobre o patrimônio”, diz trecho do relatório.

Em projeção do banco para o fim breve da guerra entre Rússia e Ucrânia, e ruptura no mercado de commodities, a expectativa é de uma alta do S&P 500 para 5,1 mil ao final deste ano – hoje a 4,5 mil. “No lado negativo, com um conflito prolongado, o índice pode fechar o ano próximo a 3,6 mil”, disse.

Segurança e China

Para o UBS, a invasão russa da Ucrânia provavelmente terá um significativas consequências no longo prazo. “Governos e corporações estão cada vez mais propensos a colocar a segurança e a estabilidade à frente da eficiência e preço”, disse.

Segundo o banco, a preocupação se aplica aos campos de energia, alimentos, dados e clima. “Nós recomendamos que os investidores se posicionem para o que chamamos de ‘era da segurança'”, comentou o banco.

O UBS também citou a China como uma oportunidade e argumentou que as ações do país caíram em média 22,3% em 2021, enquanto os papéis globais recuaram 16,8%. “O período de baixo desempenho parece destinado a terminar”, afirma.

O banco destacou que o governo chinês tem enviado sinais mais positivos sobre apoio ao crescimento econômico, “facilitando sua busca por uma regulamentação tecnológica mais rígida e adotando uma abordagem mais flexível para lidar com surtos de covid-19”.

“Apesar dos altos níveis de incerteza e dos sinais conflitantes dos mercados, desaconselhamos a saída dos mercados em favor de um equilíbrio de sobreponderação de capital e posições abaixo do peso”, disse ainda o UBS.

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