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Acionistas minoritários da Embraer se unem contra a Boeing, diz Exame

14 fev 2019, 10:02 - atualizado em 14 fev 2019, 10:04

Por Investing.com – A operação que uniu a área comercial da Boeing e da Embraer (EMBR3) não agradou muita gente. Um grupo de acionistas minoritários se uniu a advogados para preparar uma investida no grupo de militares do governo de Jair Bolsonaro para tentar barrar a associação das fabricantes. As informações são do site da revista Exame.

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A publicação conta que o principal argumento do grupo é que a operação é beneficia apenas o gigante americano, prejudicando a empresa brasileira e, por consequência seus acionistas, já que toda a equipe de pesquisa de desenvolvimento, uma das mais inovadoras da Embraer, será transferida para a empresa decorrente do acordo.

Os investidores entendem que o principal objetivo da empresa americana com a aliança é a Eleb, uma subsidiária da Embraer que atua no desenvolvimento de projetos de trens de pouso e é considerada uma referência mundial.

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A assembleia de acionistas para discutir a operação está marcada para o dia 26 de fevereiro em São José dos Campos, no interior paulista e deve confirmar o negócio.

CVM

No começo da semana, o Valor informou que a Embraer será investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em um processo administrativo sancionador sobre o fato relevante divulgado pela companhia sobre a joint-venture com a Boeing.

A suspeita é que o documento tenha sido incompleto e teria induzido investidores ao erro. Dessa forma, o diretor de relação com os investidores, Nelson Krahenbuhlv, é acusado no caso.

A fabricante brasileira divulgou fato relevante informando a criação da empresa com a Boeing, em que teria participação minoritária de 20%. No documento, a empresa informa aos acionistas que celebrou um memorando de entendimentos, de caráter preliminar e não vinculante com a Boeing e em que foram estabelecidas premissas básicas do acordo.

No entendimento da CVM, apesar do comunicado não trazer informações que contrariem o memorando de entendimentos, faz menção genérica a direitos de governança e de veto detidos pela Embraer.

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