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Acionistas da Tecnisa rejeitam todos os termos propostos para fusão com Gafisa

25 set 2020, 12:01 - atualizado em 25 set 2020, 12:41
Gafisa
A Gafisa anunciou a potencial integração com a Tecnisa no mês passado (Imagem: Facebook/Gafisa)

Os acionistas da Tecnisa (TCSA3), em assembleia geral extraordinária realizada ontem (24), rejeitaram os termos propostos pela Bergamo Fundo, representante da Gafisa (GFSA3), para a fusão de ambas as companhias.

Por cerca de 31,6 milhões de votos contrários, a proposta da Bergamo Fundo para substituir os dispositivos estatutários que impedem a aquisição de participação relevante na Tecnisa foi negada, assim como a intenção de alterar as regras de venda do controle acionário, do cancelamento do registro de companhia aberta e da saída do Novo Mercado da B3 (B3SA3).

O aumento do capital social de R$ 500 milhões foi rejeitado por 31,8 milhões votos contrários e 82 mil abstenções. De acordo com a Tecnisa, os membros do conselho fiscal da companhia avaliaram a proposta e se mostraram contrários à realização da operação.

Sem votos favoráveis, o aumento do limite do capital autorizado da Tecnisa para 200 milhões de ações ordinárias foi refutado, assim como a proposta de criação do Comitê de Boas Práticas Corporativas.

Inesperado

A Gafisa anunciou, em fato relevante, a potencial integração com a Tecnisa no mês passado. Na ocasião, a construtora disse que o negócio teria “características transformacionais” para as duas empresas.

Poucas horas depois do anúncio, a Tecnisa, em nota enviada ao mercado, classificou a proposta como inesperada, mas se comprometeu em analisá-la.

No fim do mês, a Gafisa disse que a fusão reduziria as despesas em R$ 100 milhões. A estimativa é baseada nos resultados do trabalho realizado pela atual gestão da companhia.

“Aliado à experiência da Gafisa, entendemos que com uma maior robustez econômica resultante de potencial combinação de negócios, e com a redução das taxas de juros determinada pelo Banco Central, também é esperada uma importante redução nas despesas financeiras da Gafisa e da Tecnisa”, comentou.

A fusão criaria a segunda maior incorporadora imobiliária do Brasil, com capacidade de gerar anualmente um Valor Geral de Vendas (VGV) total de lançamentos de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões.

A nova empresa contaria com 23 milhões de m² já construídos e 1.465 empreendimentos entregues, além de aproximadamente R$ 4 bilhões de faturamento anual (sendo R$ 2 bilhões da Gafisa e R$ 1,8 bilhão Tecnisa, considerando os anos de 2012 para Gafisa e 2013 para Tecnisa). A posição em caixa seria em torno de R$ 1 bilhão.

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