Internacional

Acima de 7? Goldman Sachs vê desvalorização do yuan para nível da crise financeira

10 jun 2019, 11:10 - atualizado em 10 jun 2019, 11:11
Analistas acreditam em desvalorização da moeda chinesa frente ao dólar (Pixabay)

“Tendo como base os desenvolvimentos recentes nas tensões entre EUA e China, nós agora revisamos nosso cenário-base e esperamos aumento de 10% em US$ 300 bilhões sobre as importações chinesas”.

A afirmação permeia relatório do Goldman Sachs, no qual os analistas listam suas projeções em relação ao desenvolvimento da guerra comercial, bem como projetam que o yuan cairá para patamar menor do que 7 em relação ao dólar.

Para os analistas, a remoção das tarifas ocorrerá somente “no final de 2019 ou no começo de 2020”. A instituição acredita que não haverá resolução na reunião do G20, porém sem aumento adicional para 25% de taxação sobre os produtos chineses.

Dólar fraco, yuan ainda mais

Em meio ao cenário mais pessimista, o Goldman Sachs acreditam que “os pilares de suporte ao dólar começam a ceder”, pelos seguintes motivos: os conflitos entre EUA e China podem provocar danos ao crescimento norte-americano; a performance cíclica acima do esperado dos EUA se dizimou e; aumento da expectativa de corte de juro pelo Federal Reserve.

Neste sentido, os analistas acreditam em desvalorização de 1% no índice dólar durante os próximos três meses e de 5% no decorrer do próximo ano.

Mesmo assim, a expectativa de dólar mais fraco ainda não supera a estimativa de um yuan ainda mais frágil: as projeções para o yuan em relação ao dólar caíram para 7,05; 6,95 e 6,80 nos próximos 3, 6 e 12 meses; ante estimativas anteriores de 6,95; 6,65 e 6,80.

A última vez que a divisa chinesa superou o patamar de 7 em relação ao dólar foi durante a crise financeira de 2019.

 

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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