Acima de 7? Goldman Sachs vê desvalorização do yuan para nível da crise financeira
“Tendo como base os desenvolvimentos recentes nas tensões entre EUA e China, nós agora revisamos nosso cenário-base e esperamos aumento de 10% em US$ 300 bilhões sobre as importações chinesas”.
A afirmação permeia relatório do Goldman Sachs, no qual os analistas listam suas projeções em relação ao desenvolvimento da guerra comercial, bem como projetam que o yuan cairá para patamar menor do que 7 em relação ao dólar.
Para os analistas, a remoção das tarifas ocorrerá somente “no final de 2019 ou no começo de 2020”. A instituição acredita que não haverá resolução na reunião do G20, porém sem aumento adicional para 25% de taxação sobre os produtos chineses.
Dólar fraco, yuan ainda mais
Em meio ao cenário mais pessimista, o Goldman Sachs acreditam que “os pilares de suporte ao dólar começam a ceder”, pelos seguintes motivos: os conflitos entre EUA e China podem provocar danos ao crescimento norte-americano; a performance cíclica acima do esperado dos EUA se dizimou e; aumento da expectativa de corte de juro pelo Federal Reserve.
Neste sentido, os analistas acreditam em desvalorização de 1% no índice dólar durante os próximos três meses e de 5% no decorrer do próximo ano.
Mesmo assim, a expectativa de dólar mais fraco ainda não supera a estimativa de um yuan ainda mais frágil: as projeções para o yuan em relação ao dólar caíram para 7,05; 6,95 e 6,80 nos próximos 3, 6 e 12 meses; ante estimativas anteriores de 6,95; 6,65 e 6,80.
A última vez que a divisa chinesa superou o patamar de 7 em relação ao dólar foi durante a crise financeira de 2019.