Superou a meta: JP Morgan revisa estimativas após recordes históricos e prevê Ibovespa aos 143 mil pontos no final de 2024
Com a projeção dos 135 mil pontos atingida e superada em menos de dois meses da última revisão, o JP Morgan “corrigiu” a estimativa para o Ibovespa (IBOV) para o final deste ano.
Mesmo com a revisão, a nova meta para o principal índice da bolsa brasileira já está perto de ser alcançada, na visão do banco gringo.
“Temos premissas conservadoras que pressupõem uma contração de 1% nos lucros de 2024 e uma expansão de 10% em 2025, ambos em moeda local”, afirma a equipe de estratégia de ações do banco.
A partir da revisão de indicadores como Produto Interno Bruto (PIB), câmbio e inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o JP Morgan avalia que o Ibovespa “alcançaria facilmente” os 140 mil pontos — chegando até mesmo a superá-lo para tocar os 143 mil pontos.
Sendo assim, o preço/lucro (P/L) do índice deverá ser negociado a 9,2x, a considerar a média dos últimos 10 anos — uma reavaliação de 9,5% em relação aos níveis atuais.
Hoje, o Ibovespa é negociado a 8,4x P/L em 12 meses, segundo as contas dos analistas.
Vale lembrar que a relação preço/lucro procura mostrar em quantos anos o investidor tem de volta o valor investido com base nos lucros das companhias. Ou seja, quanto menor o P/L, mais baratas estão as ações.
Cenários para o Ibovespa
O Ibovespa aos 143 mil pontos no final de 2024 é o cenário-base do JP Morgan.
Contudo, os analistas também fizeram projeções para outros dois cenários.
Se os lucros forem revisados para cima em 20% e o múltiplo P/L subir para 10,8x — acima, portanto, da média histórica de 11x —, o índice deverá ser negociado em torno de 154 mil.
Já na visão mais otimista, o banco considera que “uma forte revisão nas expectativas” de lucros deverá levar o Ibovespa a ser negociado em 155 mil ou próximo de 160 mil.
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Outras projeções do JP Morgan
Para a revisão do Ibovespa, a equipe de estratégia do JP Morgan atualizou as estimativas para os principais indicadores econômicos. As projeções anteriores foram divulgadas em 25 de junho.
O banco espera um crescimento da economia em 2,9% no final do ano. Para o câmbio, a projeção é que o dólar se estabilize em R$ 5,20.
A inflação, medida pelo IPCA, deve encerrar o ano a 4,2% — levemente acima da projeção anterior de 4%. Sendo assim, o resultado deve ficar acima do centro da meta, de 3%, do Banco Central, mas dentro do limite superior.