Acesso à internet pelo celular aumenta 9 pontos percentuais em 2017
A população brasileira tem preferido usar cada vez mais os aparelhos celulares para acesso à internet nas residências. O acesso à rede via telefones móveis passou de 60,3% em 2016 para 69% em 2017.
O dado está na pesquisa Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2017, divulgada neste quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O uso do telefone celular aumentou em todas as regiões. Os menores percentuais estão no Norte e Nordeste, enquanto os maiores se encontram no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. A pesquisa mostrou ainda aumento na substituição gradativa do telefone fixo pelo móvel.
O estudo constatou que, em 92,7% dos domicílios, pelo menos um morador possuía telefone celular, enquanto o telefone fixo era encontrado em apenas 32,1% dos lares. Também aumentou, em quase 7 pontos percentuais, o número de domicílios com acesso à internet, passando para 70,5% em 2017.
A televisão foi outro aparelho que registrou aumento na preferência dos brasileiros para acessar a rede em casa, ultrapassando em um ponto percentual a proporção dos que acessam pelo tablet, que é de 10,5%. Em 2016, os tablets eram usados para acessar a internet em 12,1% dos domicílios, enquanto 7,7% usavam a televisão.
A gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, comentou sobre as tendências de mudança observadas na pesquisa.
Sonora: “A questão do celular aumenta, pela mobilidade. As pessoas acessam o celular deitada na cama. E a questão da televisão que, com essa mudança, as pessoas adquirindo mais televisão e a gente vê que um dos maiores acessos à internet é a comunicação, que são as mensagens que a gente troca; e filmes e vídeos, tem hoje os aplicativos nas TVs para isso. E uma percepção melhor do que é acessar a internet.”
Apesar do aumento no uso dos televisores para acesso à internet, a pesquisa constatou uma ligeira queda de 0,6 ponto percentual no número de aparelhos nos domicílios de um ano para o outro.
Queda também foi registrada, sendo que mais acentuada, em relação aos microcomputadores, passando de 46,2% para 44% os domicílios com esse equipamento, incluindo os portáteis. A preferência por esses aparelhos no acesso à rede também caiu de 40,1% em 2016 para 38,8%, no ano passado.
O estudo foi realizado com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).