Aceno para o governo: Campos Neto relaciona melhora fiscal à queda da Selic
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou de uma sabatina no Senado para defender a política monetária adotada pela autarquia.
Além de explicar as decisões tomadas em relação à inflação e à estabilidade financeira aos parlamentares, Campos Neto disse que o Banco Central conseguiu atingir o objetivo de ter um “pouso suave” no combate à inflação, com um impacto mínimo na economia.
“O Banco Central, quando comparado com outros bancos centrais em outros países, trouxe a inflação para baixo com um custo muito pequeno de PIB, um custo muito pequeno de crescimento e um custo muito pequeno de desemprego”, afirmou Campos Neto.
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O mandatário do BC ainda apresentou dados mostrando que os ganhos institucionais e as reformas feitas ao longo dos anos têm feito o Brasil trabalhar, na média, com juro nominal e juro real mais baixo
Campos Neto aproveitou para fazer um aceno ao governo e a equipe econômica. Durante sua fala, ele disse que a melhora nas projeções para o desempenho das contas públicas tende a ter um efeito positivo nas expectativas para a política monetária.
“[A melhora do quadro fiscal] significa que vamos ter juros menores lá na frente, a gente vai poder cair mais os juros à medida que isso vá acontecendo”, destacou.
Vale lembrar que na semana passada, o Copom reduziu a Selic pela primeira vez em três anos. O corte na taxa básica de juros foi de 0,50 ponto percentual, com os juros passando do patamar de 13,75% para 13,25%. O movimento acontece após meses de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de integrantes do governo e do PT contra a autoridade monetária.