Ação para vender: Bancos fogem de papel do agro; entenda os motivos
O Bank of America (BofA) e o Bradesco BBI recomendam venda para a ação da SLC Agrícola (SLCE3) após o Investor Day realizado pela companhia na terça-feira (24).
O BBI possui uma visão pessimista para os preços da soja e do milho, ainda que a queda nos custos dos insumos ajude a SLC Agrícola.
A própria empresa tem perspectiva estável para os preços da soja e do milho, mas está otimista sobre os preços do algodão.
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Esse cenário explica a decisão da SLC de expandir sua área plantada de algodão para a safra 2023/24 em 16% em base anual, ao mesmo tempo em que atrasa as vendas de algodão.
Além disso, a queda dos custos dos insumos de produção deve ajudar a rentabilidade. A SLC deve seguir priorizando o crescimento através de um modelo asset light (com poucos ativos), ao mesmo tempo que mantém sua política de dividendos.
O BofA ajustou suas estimativas e levantou alguns pontos abordados durante o evento. Além da visão para os preços de algodão, soja e milho, a SLC destacou que:
- os custos de insumos em 24/25 devem ser relativamente estáveis vs. 23/24;
- o El Nino não representa um grande risco para os seus próprios rendimentos; e
- a gestão continua focada em melhorar o retorno total para os acionistas, e as recompras parecem uma oportunidade neste momento.
Potencial de alta limitado
O BofA elevou o preço-alvo da ação de R$ 33 para R$ 36, mas segue recomendando a venda de SLCE3. Além da expectativa para normalização dos lucros da companhia apenas em 2024, o banco enxerga um potencial de valorização limitado.
O BBI mantém sua recomendação de venda para SLC Agrícola e preço-alvo esperado para 2023 de R$ 41.