Ação do setor de alimentos pode dobrar de valor na Bolsa, segundo analista

O setor de alimentos está nos holofotes, seja para os consumidores ou para os investidores. A inflação em alta faz com que o ato de encher o carrinho no supermercado seja uma tarefa complicada.

A consequência para as empresas do ramo é um apetite maior por fusões & aquisições para manter as margens.

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Analistas percebem um movimento claro de uma empresa de alimentos com ações listadas na B3 (B3SA3) que está aproveitando o cenário para diversificar sua gama de produtos.

A Camil Alimentos (CAML3) é a companhia que está acumulando aquisições de sucesso nos últimos tempos. Recentemente, a empresa embarcou no mercado de biscoitos.

A Eleven Financial estima que a ação tem o potencial de dobrar de valor na Bolsa em até um ano, considerando preço-alvo R$ 20.

Mais que arroz e feijão

A Camil segue na liderança em seus negócios de arroz, feijão e açúcar. Porém, a empresa passa a ser reconhecida pelo mercado por negócios que vão muito além de seus carros-chefes, aponta a analista de renda variável Diana Stuhlberger.

A companhia pagou R$ 152,8 milhões pela marca de biscoitos Mabel,  além das marcas Doce Vida, Mirabel, Elbi’s e Pavesino.

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“Considerando o histórico bem sucedido de Camil em integrar e operar as empresas recém-adquiridas, vemos como positiva a entrada da companhia em biscoitos, ainda mais pela sua complementariedade com o negócio de massas adquirido“, afirma Stuhlberger.

Além dessa aquisição, a transação estabelece o licenciamento pela Pepsico para a Camil da marca Toddy para cookies pelo prazo de 10 anos, e a aquisição dos ativos que compõem a linha de produção da marca Toddy para cookies.

Destravando valor

O embarque da Camil no mercado de biscoitos será uma nova avenida de crescimento para a empresa, que pode destravar mais valor aos seus acionistas, de acordo com a XP Investimentos, que recomenda a compra da ação.

A aquisição da Mabel representa uma oportunidade interessante de expansão geográfica para regiões complementares e de melhoria nos canais comerciais, uma vez que 60% do volume está atualmente com distribuidores.

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“A ação da Camil tem um claro upside [potencial de valorização] na precificação”, afirmam os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca.

Com o conhecimento de originação de trigo adquirido com a compra da Santa Amália, a Camil terá uma oportunidade na redução de custos para a Mabel produzir biscoitos pagando menos pelo grão.

Nos últimos 12 meses, a Camil adquiriu cinco empresas e deixa evidente o seu plano de diversificação geográfico e de produtos.

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