Ação do Carrefour não pode ser ignorada no varejo, aponta Itaú BBA
Os papéis do Carrefour (CRFB3) estão atrativos demais para serem ignorados, revela relatório do Itaú BBA enviado a clientes na última quinta-feira (18).
O analista Thiago Macruz segue com o preço justo de R$ 26 por ação, mas agora para o fim de 2021, um potencial de valorização de 37% e desempenho acima da média do mercado (outperform).
Ele, que participou de evento digital com executivos do Carrefour para as divisões de atacadão, varejo e bancos, destaca os ganhos acelerados de participação de mercado nos negócios de varejo da companhia.
“A resiliência do Atacadão e a adaptabilidade e crescimento mais lucrativo do comércio eletrônico daqui para frente fazem do Carrefour Brasil uma boa história no espaço de varejo”, argumenta.
O desempenho da divisão bancária, por outro lado, pode ser um pouco mais desafiador no curto prazo, afirma.
“A divisão financeira pode ser prejudicada por provisões mais altas e uma desaceleração do portfólio no curto prazo”, diz.
O analista vê as ações da rede serem negociadas a um valuation atrativo de 16 vezes o preço sobre o lucro ao fim de 2021.
Resultados
O Carrefour Brasil apresentou, no geral, resultados neutros do primeiro trimestre de 2020, com alguns números vindo menores do que o esperado pelos analistas.
O lucro líquido de R$ 363 milhões ficou 20% abaixo das estimativas da XP Investimentos, enquanto o Ebitda de R$ 1,1 bilhão veio 6% inferior às projeções realizadas pela corretora.
Dentre os segmentos administrados pela companhia, o Banco Carrefour teve destaque negativo pelo aumento das provisões, que subiram junto com a inadimplência durante a pandemia do coronavírus.